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Arquitetos: Joannon Arquitectos
- Área: 60 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Ignacio Infante Cobo
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Fabricantes: Nuprotec
Descrição enviada pela equipe de projeto. A cliente é uma reconhecida galerista de arte, a qual pensou este lugar como um espaço de intimidade que não existe na capital e que seria usado por artistas, amigos e família.
A área conta com um entorno pitoresco com vistas panorâmicas do Oceano Pacífico onde salta à vista o antigo baleeiro de Quintay, hoje transformado em um museu aberto para turistas. Além disso, é possível apreciar saídas e entradas de botes de pescadores e grupos de mergulho, devido à existência de barcos naufragados e da grande transparência das águas no local.
O acesso ao terreno é feito apenas por uma passagem para pedestres que conecta as ruas superiores da cidade com a enseada em si. Na metade desse percurso, entre casas de pescadores, encontra-se o local da obra. Esta passagem conta com grande fluxo de circulação, especialmente no verão.
Esta é uma condição fundamental ao projetar o novo volume e sua relação com o entorno imediato, onde busca-se proteger e garantir intimidade ao interior da residência neste contexto tão movimentado.
O espaço interno é resultado da sua relação com as "4 bordas" que configuram o suporte onde se apoia esse volume.
Primeira borda (sul), acesso ao terreno a partir da passagem de pedestres. Optou-se por criar uma fachada fechada e hermética, com o objetivo de garantir a intimidade do interior, mas com a maior altura possível, para captar a luz natural durante o inverno através de uma abertura zenital.
Segunda borda (leste), acesso ao interior. Optou-se por gerar aberturas pontuais, para permitir o acesso da luz natural da manhã, e manter a intimidade em relação aos vizinhos.
Terceira borda (norte), penhasco verde. Optou-se por dar ao interior a maior altura possível até essa borda, para que, por uma grande janela, fosse demarcada como um grande quadro verde, que preside a sala de estar principal.
Quarta borda (oeste), Oceano Pacífico. Optou-se por gerar a maior abertura visual e física (para a varanda), para gerar uma continuidade entre interior e exterior, e, dessa forma, potencializar as vistas panorâmicas ao oceano e colocar em destaque o antigo baleeiro.
Para maximizar o interior e manter a continuidade de um espaço único, projetou-se um mezanino com capacidade para duas pessoas, localizado sobre a cozinha, ao qual se acessa por uma escada rolante.
O loft foi construído de maneira muito econômica e eficiente termicamente, fim para o qual foram instalados painéis Sip de 162mm para o pavimento e 116 como paredes e cobertura. Para a fachada oeste foram instalados vidros Low-e, melhorando assim em 35% a capacidade de isolamento térmico. Além disso, o vidro contribui na diminuição da carga que, por radiação solar, ingressa através do DVH. Tanto os painéis do piso, muro e cobertura, foram revestidos com madeira de pino escovado e, para o exterior, pino tratado, tudo pintado com um produto a base de óleos e ceras naturais.