O Museu de Arte Moderna do Rio de janeiro promove a exposição "Matéria e Luz: Josep Ferrando Architecture", que aborda questões fenomenológicas relativas à materialidade e a luz na arquitetura através da obra de Josep Ferrando Bramona, do escritório Josep Ferrando Architecture. A exposição permanece em cartaz até o dia 10 de abril deste ano.
Da organização: Na essência do projeto de arquitetura ou no trabalho construído reside uma inerente dualidade: o lugar e o arquiteto. O lugar sempre se impõe, e arquitetos adaptam nosso método, nosso olhar. Uma interpretação pessoal que prevalecerá durante o processo. A dualidade entre o estado de realidade imóvel – o contexto e o território -, e nossa interpretação destes é combinada no projeto e, finalmente, é percebida na obra construída.
O trabalho arquitetônico como uma combinação entre matéria e luz. O volume – matéria – no que concerne um objeto inanimado: silêncio e imóvel. E luz – espaço indefinido -, como um vazio definido pela matéria: vivo, móvel, dinâmico. Para alcançar esta simbiose entre matéria e luz, entre definição de espaço e o espaço habitável, o arquiteto trabalha em um lugar com um contexto, um lugar que se impõe e que não pode ser ignorado e que precisa ser endereçado.
Este processo arquitetônico é gerenciado por diversos tipos de documentos. Uma linguagem é gerada pelo arquiteto – pessoal e específica – a partir deste lugar. Este, além de ser utilizado pelo arquiteto para construir, é a origem de uma história que, em alguns casos, atingirá seu objetivo final: se tornar um espaço habitado por pessoas e que abriga novas histórias.
Josep Ferrando vive em uma dualidade entre o ofício e a educação; entre a prática e o método. O processo alimenta o objetivo final de se transformar em um edifício, e o trabalho construído alimenta o processo e todo o projeto arquitetônico. Desta maneira, a forma como um espaço é alcançado é tão importante quanto simplesmente alcançar o lugar. Porque sua interpretação através do processo se tornará mais tangível com a condição humana ao longo do tempo. Se o sólido não é definido, não poderá ser um vazio habitável. Sem matéria, não existe luz, e portanto, não existe vida. Nem arquitetura. Reconhecer um lugar e o processo de nos adaptar a ele concede ao arquiteto a habilidade de provê-lo com vida; dá-nos a oportunidade de trazer vida à matéria através da interpretação correta da luz.
Título
Matéria e Luz: Josep Ferrando ArchitectureTipo
ExposiçãoWebsite
Organizadores
De
21 de Janeiro de 2016 12:00 PMAté
10 de Abril de 2016 06:00 PMOnde
MAM RioEndereço