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Arquitetos: MIAS Architects
- Área: 9 m²
- Ano: 2011
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Fotografias:José Hevia
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Fabricantes: Serge Ferrari
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Céu iGuzzini não pertencerá ao solo onde está localizado. Como se fosse um balão, o balão aerostático de Leonidov, tentará escapar deste mundo, à procura de um novo céu.
Descrever as condições de luz natural e artificial, em seu interior, referenciará às suas origens, reconhecendo uma ordem geométrica, mas acima de tudo tratando sobre aspirações.
Amarrado ao solo ele pertence a esse local, e a todos os demais.
Na realidade há formas que somente podem ser desenhadas uma vez, edifícios que somente podem ser construídos uma vez. Numa segunda vez torna-se uma réplica. Acreditamos nesta oportunidade para iGuzzini. Essa forma imperfeita, ligeiramente deformada, pertence ao mundo iGuzzini; sua identificação é fácil, e nem todos podem, com autoridade, apropriarem-se desse perfil, dessa geometria.
Uma lâmpada, um mundo grande, um grande átrio em torno de um pátio central que é compartilhado ... onde o sentido de pertencimento é explicitado com orgulho. O céu iGuzzini não se destina a exibir inovações tecnológicas explicitamente, já que essa condição o esgotaria em pouco tempo, sendo ultrapassado na técnica rapidamente. Mas sim, ser um exemplo do momento atual do desenvolvimento atual da sustentabilidade bem compreendida, tanto técnica como energeticamente.
Nossa proposta visa explicar, desde a arquitetura, as condições mais próximas ao homem, de coletividade, ambição, superação... e sobreviver à passagem do tempo pois sua origem está na busca formal que expresse essas condições.
IGuzzini encontra-se próximo dos nós viários de Barcelona, em uma condição de frágil estabilidade no terreno onde se instala. Sem modificar a topografia, delimita-se um grande espaço subterrâneo de depósito, estacionamento, showroom, auditório e serviços técnicos. Essa cobertura é proposta como um piso técnico exterior de maneira que funcione como uma sala de exposição externa.
Sobre esse volume enterrado emerge o edifício corporativo, de forma esférica, ainda que ligeiramente deformado na parte sul. Um grande vazio central, ocupado pelo único pilar que suspende todo o edifício permite um maior controle ilumínico e energético do edifício.
Os espaços dispostos nessa volumetria destinam-se a escritórios, especializando os níveis superiores para pesquisas.
O processo construtivo dessa obra foi publicado na seção "Em construção", através do seguinte link.