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Arquitetos: PETITDIDIERPRIOUX Architects
- Área: 2460 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Sergio Grazia
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta nova habitação de interesse social, que compreende 92 apartamentos, pretende substituir o albergue "Mas du Taureau" que está programado para ser demolido. A edificação encontra-se em uma área de desenvolvimento urbano em que ainda não começaram as obras. Previsto para abrigar ex-trabalhadores imigrantes, famílias monoparentais e pessoas sozinhas, a residência deve acompanhar uma nova página nas suas vidas e desenvolver a identidade do futuro bairro. Para favorecer a apropriação do entorno por seus habitantes e sua aceitação por parte dos vizinhos, a arquitetura se afasta dos códigos que geralmente definem a imagem dos albergues, além disso, um cuidado especial se tem dentro do edifício para organizar as rotas dos residentes. Apresentado em um ângulo reto, o edifício oferece um vasto jardim interior.
O conjunto de três edifícios pequenos com uma agradável escala de bairro permitiu ao proprietário relocar antigos vizinhos baseando-se na afinidade. Propõe-se um foco específico para cada lado do edifício: a fachada envidraçada do norte oferece a transparência entre a rua e o jardim, enfatizando os movimentos nos decks de acesso. Os elementos verticais formam brises que otimizam a entrada de luz natural e conferem vida a fachada. A continuidade rítmica e o efeito dos brises que sobressaem levemente, asseguram a conexão entre as duas fachadas para a rua.
Voltadas para a rua, cada unidade de moradia possui duas janelas verticais, ou bem agrupadas ou separadas, que contribuem para "interromper" a forma em que o edifício é lido ao favorecer a percepção de um bloco de alumínio. No lado do jardim, as janelas são dispostas em pares dentro de uma moldura de metal comum, enfatizando as grandes linhas horizontais e reduzindo o número de aberturas percebidas. Propõe-se dois tipos de unidades de habitação: o desenho em paralelo a rua, que reduz o número de moradias sujeitas ao incômodo; e em profundidade, no lado do jardim, o que favorece uma interação agradável como coração do terreno. As distribuições exteriores que unem as duas partes do edifício ao norte, assim como a grande escada exterior, atuam como pequenos "quadrados" verticais situados entre a cidade e o jardim, proporcionando aos residentes espaços para conversar entre si, descansar ou simplesmente ver o mundo passar.