- Área: 2075 m²
- Ano: 2009
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Fotografias:José Manuel Costa Alves & Tiago Silva Dias
Descrição enviada pela equipe de projeto. O papel dos mercados municipais ainda são essenciais para o equilíbrio urbano dos lugares que compõem, no sentido de que, além do abastecimento da população local, também promovem economias de escala, preços locais, geram resultados positivos no comércio próximo, fornecem novos serviços de preparação de produção, muitas vezes de produtores locais, e mantém uma imagem social que chama a atenção para o lugar a que pertencem.
Assim, o desenho do edifício decorre do caráter único que deve assumir para recuperar a dignidade e representatividade de um "edifício público", em contraste com o ideal estético que domina a concepção de centros comerciais, embora o tamanho de tais projetos não possam ser comparados.
O objetivo do novo edifício do Mercado Municipal de Pinhal Novo é reforçar a centralidade da Praça da Independência. Além do mercado, outras atividades foram adicionadas, como uma agência dos Correios, um escritório de consultoria para micro-empresas, o Centro da Juventude de Pinhal Novo e Centro de Serviços ao Cidadão. Este programa faz parte de um sistema de estruturas colocadas em um quadrado com uma área de aproximadamente 30x30 metros. Dentro deste sistema, a nave central dá ao público o acesso ao mercado, o Centro de Serviços ao Cidadão e aos Correios.
Além de fornecer visibilidade a todas as lojas, a nave serve como um espaço polivalente onde podem ser instaladas exposições, feiras, desfiles e outros eventos. É um espaço não só funcional, mas também confortável, especialmente pela sua abertura zenital com luz natural filtrada através de uma grade horizontal de madeira.
Os dois volumes são unidos pelas estruturas em cada lado da nave. Um deles, ao leste, abriga no segundo pavimento o Centro de Serviços ao Cidadão e o outro, ao oeste, pertence ao Centro de Juventude. Dois pátios separam estas estruturas da nave central, permitindo uma melhor ventilação e eficiência de luz natural filtrada, desta vez, através de uma grelha vertical de zinco.
As condições do programa, a integração, contextualização do novo edifício e, em particular, as questões de conforto e qualidade ambiental, bem como a adaptação ao clima e eficiência energética da cidade, foram decisivos para o desenvolvimento do projeto. Assim, o programa estabeleceu um sistema de espaços com um arranjo fluído entre eles, proporcionando uma visão dinâmica das várias áreas funcionais, especialmente entre as duas plantas.
Tanto a formação do espaço, como a escolha e utilização de materiais que refletem a organização do espaço, destinam-se a despertar uma experiência sensorial. Enquanto o espaço é obrigado a ter um caráter dinâmico, ao mesmo tempo ele oferece um grau de serenidade, particularmente devido à claridade espacial e rigor do seu desenho.
De acordo com as orientações gerais do projeto, algumas alternativas e variações foram utilizados para reforçar a singularidade e identificação de cada estrutura e fachada. Assim, as fachadas desempenham um papel importante na criação e na identificação de cada uma das estruturas para as várias zonas funcionais.
É por isso que deve ser transparente para permitir a comunicação, e opaca para fornecer proteção. Dentro, os espaços devem ser considerados dispositivos multifuncionais até o limite permitido. Do lado de fora, o edifício se destina a transmitir uma imagem diferente para contribuir com a construção da identidade urbana de Pinhal Novo.
