7° Patrimônio em debate – arte, espaço público e memória
Participam do 7º Patrimônio em Debate: Priscila Arantes, Nelson Brissac, Agnaldo Farias, Ana Gonçalves Magalhães, Ana Pato e Rosangela Rennó com a coordenação do evento por Giselle Beiguelman e Mariana Falqueiro
Em 2015 o Departamento do Patrimônio Histórico lançou a série Patrimônio em Debate, evento este que propõe reunir pesquisadores, profissionais, estudantes e público interessado no campo de atuação do patrimônio cultural. O objetivo da série é levantar questões complexas e contemporâneas do cotidiano de atuação do departamento, no âmbito teórico e prático, apresentando e discutindo de forma pública medidas e propostas de proteção, divulgação, conservação e valorização do patrimônio histórico da cidade de São Paulo.
O 7º Patrimônio em Debate ocorrerá no dia 23 de março de 2016, às 14h, no Arquivo Histórico de São Paulo, com o tema: “Arte, Espaço Público e Memória”, que será debatido em duas mesas: “Estéticas da Memória” e “Uma possível curadoria do acervo de Monumentos”, objetivando discutir a formação, permanência e valorização do acervo do município, tendo como um de seus motes a exposição Memórias da Amnésia, em cartaz no próprio Arquivo Histórico.
7° Patrimônio em Debate – Arte, Espaço Público e Memória
Inscrições no local.
Lotação: 80 lugares. O evento é Grátis.
Evento com emissão de Certificado.
Arquivo Histórico de São Paulo - Praça Cel. Fernando Prestes, 152, Bom Retiro. Telefone: 3396-6961
A exposição Memória da Amnésia:
Um conjunto de monumentos selecionado do depósito do Canindé será temporariamente implantado no Arquivo Histórico de São Paulo, pontuando a exposição, que contará ainda com os ensaios fotográficos de André Turazzi e Ana Ottoni, vídeo e documentário de Cleisson Vidal; além de uma série de lambe-lambes sobre memória e esquecimento.
Os monumentos escolhidos para serem levados à mostra, segundo Beiguelman:
Monumento a Olavo Bilac - Fragmentos do Monumento a Olavo Bilac
Esse conjunto foi o escolhido por sistematizar todas as formas de “deslocamento” associadas aos monumentos paulistanos. Implantando em 1922, na Rua Minas Gerais (antigo belvedere da av. Paulista), foi dividido em partes e disperso pela cidade, teve conjuntos banidos sob protestos de moradores, sequestrados, algumas partes que rodaram por vários pontos e outras que permanecem no depósito de monumentos do Canindé.
Jangada de “Orson Welles” - Jangada supostamente usada nas filmagens de É Tudo Verdade de Orson Welles
Em péssimas condições de conservação, essa Jangada não é do filme. Sua “inconsistência” documental, ou seja, a total aleatoriedade de sua presença no Depósito, nos parece o retrato mais perfeito das peculiaridades do sistema de memória de São Paulo. A jangada, apresentada inicialmente por um funcionário como remanescente do filme, é na realidade, peça do acervo do Museu do Folclore. Denominada “Menino Deus”, chegou a São Paulo, em 1968, via Santos, depois de navegar 71 dias. Um grupo de jangadeiros independente fez o percurso para pedir apoio ao governador Abreu Sodré para a pesca no Nordeste. A jangada foi incorporada ao museu no mesmo encontro.
Heróis da Aviação- Monumento a Bartolomeu de Gusmão e Santos Dumont
Implantado inicialmente no Hipódromo da Mooca (1915), foi depois transferido para a Praça Coronel Fernando Prestes (1951), onde fica o AHSP, e de lá removido em 2006. Em nossas visitas ao depósito do Canindé, onde ficam guardados os monumentos, o pássaro de bronze que encabeça a peça era usado frequentemente como anteparo da porta do galpão onde fazíamos nossas pesquisas de campo.
Fonte Monumental - Lagostas da Fonte Monumental da Praça Júlio Mesquita
A Fonte Monumental da Praça Julio Mesquita (1928) homenageia um dos fundadores do Estadão, mas fica na esquina da rua da Folha, o jornal concorrente, na Barão de Limeira. O mais curioso, é que a fonte foi projetada para ser implantada na Praça da Sé, antes de ser decidido que iria para a Praça da Vitória (primeiro nome da Praça Julio Mesquita). Atrás da fonte, há anos, estabeleceu-se o mais famoso filé (bovino) de São Paulo, o Filé do Moraes. No entanto, o destaque do monumento são suas incríveis lagostas de bronze. Sabe-se lá em homenagem a que mar... Roubadas inúmeras vezes, deixaram de ser repostas e estão hoje resguardadas no depósito do Canindé. Outras obras de arte pública não tiveram a mesma deferência. Ou porque não são arte perante os órgãos públicos, ou porque são invisíveis para a população.
Exposição: Memória da Amnésia
Abertura: 12 de dezembro, às 11h - Até: 02 de abril de 2016
Funcionamento: de segunda a sábado, das 10h às 17h - Entrada gratuita
Local: Arquivo Histórico de São Paulo - Endereço: Praça Coronel Fernando Prestes, 152 – Luz - Telefone: 3396-6025 / 3396-6071 / 3396-6070
Título
7° Patrimônio em debate – arte, espaço público e memóriaTipo
PalestraOrganizadores
Arquivo Histórico de São PauloDe
23 de Março de 2016 02:00 PMAté
23 de Março de 2016 02:00 PMOnde
Arquivo Histórico de São Paulo - Praça Cel. Fernando Prestes, 152, Bom RetiroEndereço