O concurso é a forma mais aberta e livre de acesso a projetos de arquitetura. Mas é principalmente o melhor modo para solucionar um determinado problema arquitetônico, urbano e territorial. Sob a curadoria de Luís Santiago Baptista, a exposição Arquitectura em Concurso: Percurso crítico pela modernidade portuguesa faz, a partir dos concursos de arquitetura, uma leitura das transformações em Portugal desde o início do século XX.
Entre essas obras contam-se o Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Paris em 1937, da autoria de Keil do Amaral, a sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, assinada por Ruy Jervis d´Athougia, Pedro Cid e Alberto Pessoa, o CCB, dos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado. Entram ainda, entre outros projetos, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, de Nuno Teotónio Pereira, o Metro do Porto, por Eduardo Souto de Moura, e a Casa de Chá da Boa-Nova, de Álvaro Siza Vieira e Fernando Távora.
Neste sentido, esta exposição é o registo crítico desse percurso pela modernidade portuguesa. Um percurso em que os arquitetos portugueses e a Ordem dos Arquitectos têm desempenhado um papel fundamental. Juntamente com a exposição — que ficará aberta até 29 de maio — será lançado um livro com uma compilação do material da mostra e um conjunto de ensaios de várias instituições ali representadas.
A exposição estará presente em dois locais em simultâneo: Garagem Sul do CCB e Galeria da Ordem dos Arquitectos em Lisboa.