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Arquitetos: KAAN Architecten
- Área: 18000 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG , Dominique Panhuysen , Sebastian van Damme
A Suprema Corte dos Países Baixos foi desenhada pela KAAN Architecten como o início de uma competição Público Privada Internacional (Publiek Private Samenwerking - PPS) conquistada em 2012 pelo Poort van Den Haag, consórcio formado entre BAM PPP BV, PGGM, BAM Bouw en Techniek BV, ISS Nederland BV e KAAN Architecten.
O edifício, que mede 18.000 m² e abriga uma equipe de 350 pessoas, está localizado no elegantemente histórico centro da cidade de Haia. Ele está situado ao lado do parque Malieveld e ao longo da Korte Voorhout, uma rota real que conecta vários edifícios institucionais ao edifício do Parlamento. Neste local o novo design, com a vibração medida de suas fachadas, interage com as árvores do outro lado da rua,anunciando a porta de entrada da cidade.
A entrada principal é marcada por seis estátuas de bronze de juristas sentadas em pedestais, com um único painel de vidro sutilmente marcando a transição da rua para o interior. A transparência do edifício significa tanto a acessibilidade ao público, quanto a solidez e a clareza de julgamento.
O hall de entrada, onde os tribunais e sala de imprensa estão localizados, constitui a área pública. Possuem um pé direito duplo que se estende por todo o comprimento do edifício. Os pisos e paredes são de limestone cinza claro que emana uma textura aveludada. As grandes e pequenas salas de audiência, que detêm 400 e 80 visitantes, respectivamente, são distinguidas por paredes de alabastro translúcido marrom-gamo. No meio do hall de entrada, entre os dois tribunais, se encontra a obra de arte "Hoge Raad" pela pintora holandesa Helen Verhoeven, encomendada especialmente para a Suprema Corte.
Os andares superiores acomodam escritórios, uma biblioteca com áreas de estudo, um restaurante, salas de reunião e a sala do Conselho. A luz do dia permeia o edifício através de várias clarabóias, formando o núcleo dos distintos domínios do Conselho e do Escritório do Procurador Geral. Os dois departamentos são identificados pelo uso de diferentes materiais: o verticalmente listrado mármore Marmara Equador no Conselho, e o orgânico mármore Skyline na área de Escritório do Procurador Geral. Na circunferência das aberturas cada andar possui copas com máquinas de café, assentos e estantes.
A luz, as linhas de visibilidade através do espaço e a perspectiva aberta inspiraram a interação social, encorajando o intercâmbio de idéias e opiniões e permitindo encontros informais.
Três lados do edifício são expostos ao sol ao longo do dia. Estas fachadas possuem climatização através do uso de uma cavidade espaçosa nas carcaças de vidro: caixas de vidro que não só mantêm o calor e frio, mas também o som de tráfego do lado de fora. No entanto, as janelas podem ser abertas se assim desejado, enquanto persianas e filtros de luz também podem ser regulados individualmente. Esta dupla proteção controlada produz uma fachada em camadas, plana e contudo oblíqua, uma nuance sutil que acrescenta ainda mais elegância ao conjunto.