-
Arquitetos: Max Capocaccia
- Área: 379 m²
- Ano: 2014
-
Fotografias:Mick Stephenson
Descrição enviada pela equipe de projeto. O cliente solicitou um espaço aberto que celebrasse a vida do porto e criasse privacidade em relação ao seu entorno. O desenho da fachada de grandes elementos de metal e madeira permite uma bonita vista ao porto, a montanha e ao clima tormentoso ao sul; as janelas a oeste e as claraboias foram colocadas para obter uma maior quantidade de luz sem permitir a permeabilidade visual e sonora do vizinho.
A envolvente do edifício deveria adaptar-se a área do porto industrial em resposta as limitações patrimoniais do plano da cidade. Isso levou ao desenho de um edifício de forma original, reinterpretando o material da estrutura e o revestimento. A nova estrutura deve estar dentro dos requisitos mínimos do código da construção a fim de resistir futuros terremotos, proporcionando uma sensação de segurança aos ocupantes. Por isso, se expôs a grande estrutura de metal e seus elementos de apoio, enquanto os muros foram construídos com um material leve (painéis estruturais isolados). A estrutura de aço do edifício foi exposta e utilizada para dar um ritmo visual no interior, de outro modo o espaço seria muito disperso.
A memória da casa existente, prejudicada pelo terremoto, deveria refletir o uso original do edifício como armazém. A cobertura alta e as antigas armaduras expostas deixam clara a referência a sua função anterior, reinterpretando o significado da forma original.
A residência deveria abrigar uma família de três pessoas, permitindo reuniões com os amigos em torno de uma cozinha aberta e um grande ambiente de refeição. O desenho cria uma sensação de abertura em direção à fachada sul, enquanto gera uma área mais protegida e íntima na parte posterior do edifício, animando os visitantes a dirigir sua atenção a sala de estar. Os volumes foram desenhados para criar um espaço 'oculto' e vistas específicas. Apesar de que todo o espaço seja realmente grande e aberto, existem várias áreas onde é possível sentir-se protegido e abrigado. Um espaço oculto criado como um esconderijo privado para permitir que a casa seja viva em uma variedade de ambientes.
A poluição sonora do porto industrial e do pub vizinho deveria ser trabalhada. A fachada de vidro foi construída com duplo envidraçamento e tratamento acústico. enquanto as aberturas da parte posterior do edifício foram minimizadas.
A casa original no local apresentava uma série de aberturas na fachada oeste, o que permitiu que o sol timidamente entrasse até a sala de estar. Isto deveria ser contemplado no novo desenho. A fachada oeste conta com uma série de janelas em correspondência com a posição das originais, porém mais altas e com tecnologia que permite uma melhor ventilação.
A demolição da casa revelou as treliças originais. Estas foram resgatadas e armazenadas de forma segura pelo cliente, que esperava voltar a utilizá-las se fosse possível. As armaduras converteram-se em uma importante característica da nova construção. Sua consolidação foi alcançada com placas de metal oxidadas e parafusos expostos. Elas foram reutilizadas na parte central do edifício, onde as treliças são a melhor na vista do espaço aberto.