- Área: 571 m²
- Ano: 2009
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Fabricantes: Hunter Douglas, GLASSTECH
Descrição enviada pela equipe de projeto. O primeiro projeto de transformação da sede da Faculdade que recebemos data de 2003. As necessidades de aumento das três escolas atuais e do Magistrado, fez necessário avaliar suas instalações e em 2008 decidiu-se ampliar a sede atual.
A legislação para o setor é restritiva em altura, mas permite que uma taxa de ocupação do solo em 100%, taxa esta que se fosse explorada, colocaria em risco o espaço destinado ao pátio e a vida universitária que o edifício acolhe.
Assim, o desafio concebe a maior superfície útil possível com o mínimo de impacto no solo. Decidimos levar esta pergunta ao extremo.
A partir desta visão, ficou evidente que este corpo deveria estar elevado, apoiado em pontos estratégicos para possibilitar vida ao redor e abaixo dele.
O edifício se localiza em uma única parte do terreno que contava com o solo natural para fundações: o pátio do segundo subsolo, antessala do auditório no perímetro norte. Foi criada uma estrutura que se situa no primeiro nível do edifício novo, elevado 10 m em relação ao solo, fazendo coincidir com o segundo nível do edifício original. É permitido assim o acesso de luz natural a esse hall de pé direito triplo que se cria, através da diferença de um pavimento em relação ao nível do pátio principal.
Além da necessidade de elevar esta base de fundação, o maior desafio estrutural consiste que, dado que o programa solicitado era a criação de salas de grande tamanho, não era possível imaginar elementos verticais contínuos do térreo à cobertura que fragmentariam o espaço entre elas. Assim, a ideia de uma "coluna vertebral" contínua foi substituída por uma espécie de 'mesa' de concreto armado, um novo pavimento elevado dez metros do solo, sobre o qual se instala um edifício metálico de três pavimentos.
A eleição de colunas em forma de 'V' para suportar essa mesa continua a estratégia para minimizar o impacto sobre o solo. Isso só foi possível ao compartilhar esforços com um sistema de concreto armado formado pelo meeiro (leste-oeste) e 7 contrafortes (Norte-Sul) que criou a rigidez necessária.
Este mesmo sistema permitiu a criação de uma claraboia com altura total do edifício no limite norte, com iluminação natural e ventilação cruzada em relação à fachada sul.
A espacialidade do espaço criado sob o edifício novo sugeriu uma utilização como uma sala de exposição, assunto para o qual a Faculdade sempre teve alta demanda.
Em termos ambientais, a existência de um volume que fechasse o pátio em direção ao norte permitia além disso uma sombra necessária para sua habitabilidade. Como medida de prevenção, foi complementada com um painel perfurado na fachada oeste do edifício existente, que irá melhorar seu uso durante o verão.
As duas novas fachadas foram concebidas monocromáticas e um cinza escuro que permita a convivência com a fachada colorida existente. A nova fachada, com exposição sul, propõem uma forma dinâmica de relação com o pátio que possui vistas, através de uma série de aberturas projetadas em diferentes posições, que serão habitadas pelos estudantes, seus trabalhos e exposições. Esta fachada constitui então um suporte vertical disponível para ser utilizado e transformado de acordo com a imaginação e necessidade de seus habitantes.
No interior, ambas as fachadas permitem o acesso de luz e ventilação natural. No caso de ser necessário o escurecimento total para projeções, painéis de correr são implantados ao longo destas fachadas. No caso da fachada norte, seu revestimento interno permite que sejam utilizados como quadros negros.
Por último, uma breve reflexão sobre a relação entre o edifício proposto e seus habitantes. Dado que vêm de disciplinas em que mostram seu trabalho realizado e discuti-lo é uma parte inerente do processo de ensino, a capacidade do edifício em acomodar essa necessidade de expor tem sido uma questão chave. Cada ação sobre ele tem sido explorado em para multiplicar essas possibilidades, desde barras de pendurar distribuídas em cada sala até as janelas da fachada, desde o potencial enquanto espaço expositivo sob o terraço sombreado até salão na base do edifício. O ponto de união com a fachada colorida foi escolhido com os mesmos critérios: permite conectar a sala de exposição com aquela que a faculdade já tinha, estendendo-a para criar um circuito contínuo, fluido e versátil em que a ação de mostrar e discutir sobre isso se reproduza em várias instâncias e formas.