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Arquitetos: Bureau V
- Área: 1319 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Floto + Warner
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Fabricantes: Design and Direct Source, Ebony and Co, Maloya Laser
Descrição enviada pela equipe de projeto. Adotando o nome da fábrica que uma vez funcionou nas instalações centenárias do edifício, National Sawdust proporciona um entorno onde músicos e compositores possam florescer, um lugar que lhes dá apoio, tutoria e os recursos críticos e essenciais para criar, e então compartilhar seu trabalho. Para uma audiência de fãs ou ouvintes casuais, o lugar será um espaço para descobrir o gênero musical a um preço acessível.
Ao descrever o enfoque do projeto da sede, os arquitetos de Bureau V afirma que "para seguir adiante, decidimos olhar para trás. Em sua essência, o desenho do National Sawdust é uma reorganização do modelo de sala de câmara do século XVIII como uma incubadora para a nova música." O anacronismo da sala de câmara proporciona um recurso simples porém vital para os músicos e compositores de todos os gêneros: um espaço que podem habitar, compor, experimentar, ensaiar, gravar e estrear um novo trabalho. O equipamento oferece um espaço extraordinariamente íntimo com uma capacidade de 120 a 350 pessoas que podem desfrutar de diversos gêneros.
O projeto de National Sawdust mantém o histórico exterior em tijolos do edifício original e ao mesmo tempo proporciona um novo e refinado interior. Os arquitetos trabalharam em estreita colaboração com a equipe de acústica e de teatro de Arup para criar uma sala de câmara com um balcão que envolve e acomoda 170 pessoas em fileiras de assentos, 120 assentos de cabaré ou 250 pessoas de pé. Com configurações variáreis para o cenário, que podem ser rebaixado para o térreo, o lugar possui pé direito duplo para abrigar uma orquestra de 70 integrantes para ensaios ou gravações.
Caracterizado pela inserção de uma forma cristalina altamente articulada na áspera envoltória de tijolos de uma antiga fábrica de serragem, National Sawdust combina a histórica sala de concerto europeia com a multimídia contemporânea, teatro de caixa negra, onde o respeito e o esplendor do antigo se une com a experimentação e franqueza contemporânea.
Com a equipe acústica da Arup, Bureau V bolou uma estratégia personalizada fabricada em painéis mecânicos e compostos de tela perfurada e com apoio a uma complexa rede de canais de recesso que voltam ao interior. Este sistema se mantém translúcido e acusticamente transparente, o que permite que o som viaje livremente, gerando ao mesmo tempo uma envoltória escultórica ao redor do espaço, criando uma perfeita experiência para um repertório de alto rendimento.
Bureau V utilizou uma série de programas de software personalizado para ajudar a navegar e otimizar a membrana interna tridimensional do complexo. Essa escolha de desenho e tecnologia permitiu um desenho estético e formal para ser integrado completamente nos requisitos críticos do espaço. O volume formal do salão, sua estrutura, infraestrutura A/V; estratégia acústica espacial, requisitos de iluminação e a padronagem da perfuração dos painéis se tornam um só sistema arquitetônico.
A sala de câmara possui cadeiras desenhadas por Bureau V, que combinam ergonomias para público e músicos com a estética do projeto.
Ao entrar no edifício, os visitantes primeiro encontram um pé direito duplo, um espaço de lobby escultural iluminado por um lustre de neon e mármore feito sob medida pelos arquitetos. Ao abrir a casa, uma porta de correr de 3 x 3 metros com isolamento acústico revela a Sala de Câmara; a porta se fecha para selar acusticamente a sala entes das performances. O edifício também abriga dois bares e um restaurante, também assinados pelos arquitetos.
National Sawdust proporciona uma experiência íntima e envolvente ao público, com um equilíbrio de acústicas, com um excelente rendimento para gravar e também para transmitir. O resultado é uma experiência de auditório rica que dá espaço a uma variedade de repertório, amplificado ou não. A Sala de Câmara se encontra em uma única envolvente de concreto que flutua e se isola através de suspensão. Esta "caixa dentro de uma caixa" permite que todo o espaço alcance níveis baixos de ruído de fundo em consonância com os estudos de gravação mais sofisticados do mundo. (PNC15). Além disto, o edifício é inteiro conectado através de áudio, vídeo e dede de dados. Essa infraestrutura permite que um engenheiro se encontre na sala de controle de iluminação, de som ou de produção enquanto que os artistas se encontram nos espaços internos.
Bureau V também foi uma parte vital do desenvolvimento do National Sawdust enquanto organização [antigamente conhecida como Original Music Workshop (OMW)]. Em 2008 Bureau V se reuniu com Kevin Dolan, o fundador de National Sawdust e trabalharam em estreita colaboração para estabelecer a organização sem fins lucrativos para encontrar o terreno para sua nova casa. Em conjunto com Dolan e Paola Prestini, os arquitetos ajudaram a desenvolver a missão e o programa da ONG e foi fundamental na campanha de arrecadação de fundos para a abertura das salas.