Descrição enviada pela equipe de projeto. Com um inovador programa, este projeto na antiga Fábrica de Vidro das Gaivotas trouxe ao centro histórico de Lisboa a primeira residência de estudantes. Perante uma pré-existência em grande parte destruída, são recuperados os elementos com valor significativo - a fachada da Rua Fernando Tomás, e a antiga chaminé de tijolo, - e refaz-se o seu miolo.
A implantação dos novos volumes, pensada a partir do diálogo com a sua complexa envolvente, resulta em dois edifícios: um que se mantém por trás da fachada pré-existente, e outro que liga ao beco do carrasco que, pela sua forma em L, se destaca dos muros em volta. Nestes intervalos com o vizinho, surgem pátios ajardinados para os quais se viram as funções sociais do edifício.
A fachada pré-existente, suspensa por uma estrutura metálica, é assumida como uma máscara que esconde uma segunda pele, regida pela métrica dos novos espaços interiores. O azulejo é o material escolhido para revestir a fachada.
No interior do quarteirão, o edifício evidencia-se através da chapa metálica ondulada que o reveste, referência a um passado industrial que contribui para dar um ambiente particular aos pátios.