-
Arquitetos: Plasma Studio
- Área: 1000 m²
- Ano: 2013
-
Fotografias:Holger Kehne
Descrição enviada pela equipe de projeto. O conceito de trabalhar com um terreno alagadiço provém da missão de criar uma experiência íntima e intensa, combinada com um forte sentimento de harmonia com o meio ambiente e contemplação íntima. O Jardim Submerso observa conceitos presentes nos jardins tradicionais de Shouzou, como o ambiente rochoso, o afloramento e o equivalente ocidental da gruta. para logo viajar no espaço e tempo com jardins suspensos e mais a frente com o conceito de um pátio submerso.
O resultado é uma combinação de intensas distorções de terra e um agudo sentido de três dimensões, onde o visitante se sente coberto por concreto, aço e vegetação, livre para explorar uma versão mais intensa de um microcosmos em uma série de paisagens para reflexão, relaxamento e entretenimento lúdico.
Conceito espacial: Desfiladeiros arquitetônicos e caminhos
Levando em conta o fato de que o local tem um forte caráter linear, a primeira tarefa de desenho foi a estruturação de duas circulações paralelas ao eixo principal. O corredor mais longo leva o usuário através de uma forte experiência de estar rodeado de concreto, aço corten e, finalmente, imerso em uma densa cobertura de vegetação. O efeito de desfiladeiro é conseguido através da incorporação de 'floreiras' de grande tamanho que delineiam o caminho e são jardins pequenos onde se pode entrar e observar desde o exterior.
O segundo corredor, derivado do primeiro, cria a sensação de estar por cima da paisagem. A fim de conseguir isto, uma suave inclinação coloca o espectador em uma posição levemente superior, enquanto as floreiras são levemente reduzidas. O efeito combinado reverte o efeito do eixo principal de uma maneira tal que os jardins suspensos dão lugar a um jardim submerso a oeste do caminho. Ambos corredores estão vinculados através de uma série de terraços de paisagens de diferentes materiais, gerando um campo diverso que é responsável pela diversidade e a variedade de experiências.
Paisagens de múltiplas camadas: Rochas como ilhas no mar
As floreiras servem como elementos de contorção na paisagem mais ampla, uma versão a grande escala dos componentes tradicionais do jardim Shouzhou, das contenções da rochas e da paisagem em miniatura dentro do fluxo do mar. É possível observar cada objeto e também imaginar subir neles em um ato de relação íntima com a natureza. Alguns dos jardins tradicionais incorporam um elemento de circulação dentro destas rochas, convertendo-se tanto em miniatura quanto em um ponto de observação.
O conceito do jardim submerso utiliza estas tradições para criar uma experiência diversa onde são criados os níveis dentro das floreiras, para que os visitantes possam desfrutar da plena tridimensionalidade do parque, ascender olhando as outras floreiras e o fluxo das pessoas em todo o lugar. Por último, os padrões de pavimento e o esquema de fluxo ao longo de todo o local criam um sentido de totalidade, continuidade e grande harmonia ao parque.