- Área: 425 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Prado Arquitectos
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Fabricantes: CHC, Hormigón visto, Siding
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa está na beira de falésias, 60 metros acima do mar, na península de Tumbes, Região de Bío-Bío.
O conceito de dedicação integral à presença do Oceano Pacífico condiciona o gesto arquitetônico a uma atitude de simplicidade e modéstia espacial e recursos formais para deixar fluir a paisagem.
Desta forma, o programa arquitetônico foi resolvido em volumes básicos e essenciais com, literalmente, recipientes pretos longitudinais assentados nos níveis descendentes da borda e desalinhados para não alterar ou tocar a vegetação endêmica e centenária de Peumos, Boldos e Ulmos.
O volume definido adapta-se e submete-se à primazia arbórea da paisagem. Do caminho de chegada, os volumes escuros e estreitos transformam-se em espaços iluminados, abertos e transparentes em direção ao mar, onde é visto o ponto de acesso da casa.
Dessa forma, o programa flui e desenvolve-se pela ala Nordeste, onde os dormitórios estão localizados e na parte Noroeste, onde estão os espaços sociais, com somente uma escada fazendo a ligação. O interior aberto e contínuo é modulado pela proporção constante das treliças de madeira maciça repetidas. São feitas de toras de 8x8", de cipreste, enquanto as colunas e vigas configuram grandes planos ligeiramente inclinados no teto.
Como consequência da barragem Ralco, uma floresta andina foi submersa, uma selva onde pode-se encontrar pedaços de madeira de cipreste de 8x8", e de onde foram obtidas as vigas de madeira, as colunas e as treliças da cobertura.
A materialidade complementar também inclui outros itens; os volumes interiores são em concreto aparente, os pisos em cimento e as paredes revestidas em madeira, ou com superfícies sintéticas pretas e brancas, que denotam sua condição de objetos acessórios ou complementares do espaço habitável.