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Arquitetos: Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados; Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados
- Área: 28 m²
- Ano: 2007
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Fotografias:Haruo Mikami, Rodrigo Biavati
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Fabricantes: Grupo Gravia, Light Design, MVC Soluções em Plástico
Em 2007 vencemos a licitação do Governo do Distrito Federal para desenvolvermos o projeto arquitetônico do Posto Comunitário de Segurança - PCS. Este equipamento foi licitado e implantado em diversos locais do Distrito Federal e deveriam obrigatoriamente estar inseridos na linguagem arquitetônica desta cidade Patrimônio da Humanidade. Nos dias de hoje, infelizmente os planos do Governo do DF não aceitam mais estes equipamentos. Apesar de várias tentativas que fizemos para serem reaproveitados com outros usos, pois são patrimônio de toda a sociedade, os mesmos vêm sofrendo uma ação predatória em função de grande parte estarem fechados e abandonados pelo Estado.
Os PCS’s do Distrito Federal, conforme exigência do programa de Governo, deveriam se integrar harmonicamente a paisagem urbana de Brasília, e não criar uma barreira entre a população e os policiais que neles trabalham, pelo contrário, o próprio desenho aproxima e facilita essa interação. Foram propostos como construções modulares, produzidos industrialmente, de características únicas e de forte identidade visual, os quais abrigam as instalações do Policiamento Urbano Integrado do Distrito Federal.
Somam-se neste projeto as características do design do mobiliário urbano e da arquitetura. Podemos dizer então que conceitualmente o PCS foi pensado como mobiliário urbano, mas que nele abriga um espaço arquitetônico. É mobiliário porque não tem o caráter definitivo nos locais onde foi implantado, pois pode ser relocado quando necessário for, seja por motivos estratégicos do Plano de Segurança do DF, ou até mesmo para melhor se adaptar ao espaço urbano, e somado a isso, o processo de execução é industrial, resultado do grande número de repetições. É arquitetura porque dentro desse “mobiliário” abriga um espaço habitável, 24 horas, e para tal a qualidade e conforto destes espaços são fundamentais para bem atenderem seus usuários, sejam os policiais como o público que a ele recorrerá. Todo o programa arquitetônico destes espaços foi definido pelo Comando da Polícia Militar da época.
A partir da concepção dos três elementos construtivos: módulo básico, módulo da torre de observação e módulo de ligação, foram desenvolvidas duas tipologias para atender as necessidades particulares do programa de implantação do contingente de policiais. O número de Postos e a tipologia adotada dependeram da avaliação e planejamento da Secretaria de Segurança do Governo do Distrito Federal.
O partido arquitetônico tinha como premissa a adoção de um sistema construtivo industrializado. Os módulos foram entregues totalmente montados, acabados e equipados, saindo da fábrica prontos para serem instalados nos locais definidos. Desta forma, a padronização dos módulos e os prazos de execução foram garantidos, com consequente redução nos custos de execução em função da produção em escala.
Os módulos foram fabricados em estrutura de aço com revestimento externo em fibra de vidro com isolamento termo acústico em EPS ocupando o miolo, e revestimento interno em chapa de aço corrugada. As vedações também foram executadas em painéis sanduiches de fibra de vidro com tratamento termo acústico. O piso é flutuante, em chapa de alumínio corrugada, para fácil manutenção, permitindo total liberdade para as instalações.
Além do tratamento termo acústico da cobertura e vedações, os módulos possuem aberturas protegidas através de marquises para bloquear a irradiação solar direta e as chuvas. A circulação de ar cruzada foi garantida tanto pela abertura das portas de vidro pivotantes de acesso ao PCS, como pela abertura das basculantes superiores que permitem um ambiente confortável e arejado. Vale aqui ressaltar que os PCS’s sempre deveriam estar localizados sobre áreas verdes e circundado por árvores, criando assim o microclima exigido para o conforto de seus usuários. No entanto, infelizmente este princípio não foi acatado e os mesmos foram implantados até mesmo sobre espaços asfaltados, fazendo com que a temperatura ao seu redor ficasse desconfortável para o uso no interior destes módulos.
A implantação no local determinado foi bem simplificada. Os módulos foram entregues com os pontos de içamento pré-determinados, podendo ser transportados em caminhões convencionais com guindauto. O trabalho de campo foi reduzido ao posicionamento e fixação dos módulos sobre bases de concreto previamente construídas, soltando o módulo do solo. Este fato facilitou as conexões das instalações à rede de infraestrutura local, além de provocar a circulação de ar sob o equipamento.
A tipologia composta por módulo único foi denominada de Posto Comunitário de Segurança Simples. Na tipologia composta por dois módulos, denominada de Posto Comunitário de Segurança Duplo, os módulos foram conectados através da montagem do módulo de ligação no canteiro de obras.