- Ano: 2008
-
Fotografias:Marcelo Scandaroli
-
Fabricantes: ALPHA TAPEÇARIA, HESSE, KSLUSTRES
Descrição enviada pela equipe de projeto. Com base conceitual e estética definidas no restaurante japonês Koban unid.1, o Koban unid. 2 de certa forma extrapola os limites do espaço interno e faz com que o módulo, antes em marcenaria, se torne o próprio edifício em concreto armado.
Este pequeno restaurante japonês de 200m² com 4,5m de largura, implantado num terreno de 8,0m x 24,0m, internamente transmite uma sensação de grande amplitude, em função das paredes laterais em vidro, posicionadas frente aos muros altos das divisas, que foram pintados de preto e recobertos por vegetação no perímetro. Durante a noite esta amplitude é potencializada pelo uso de fontes de luz externas que condicionam o olhar através das laterais envidraçadas, de um lado a outro na direção dos jardins; e internamente o jogo de luzes indiretas aprofundam as perspectivas na direção dos revestimentos de madeira.
O desenho externo, lúdico, apropria-se do formato ovalado da moeda de ouro KOBAN, corrente no Japão na época dos samurais, que hoje representa um amuleto de boa sorte, e que dá nome ao restaurante. Funcionalmente, a área destinada ao consumo para clientes integra-se à antiga edícula nos fundos do terreno por meio de uma passarela, que harmoniza a transição até os espaços de serviços, sem perder a pureza da forma exterior. A implantação levemente inclinada com relação à rua revela ao pedestre uma convidativa vista interna, emoldurada pela silhueta vermelha, construída em concreto armado e apoiada em balanço na parte frontal.
Solução Construtiva x Solução Plástica
Duas lajes pré-moldadas retangulares apoiadas sobre uma sequência de pilares metálicos que também servem de caixilho para os vidros, restando como único elemento atípico a montagem da forma curva na extremidade frontal do prédio, cuja montagem foi dividida em duas etapas que levaram cerca de uma semana cada. Quanto ao conforto térmico, ainda que as paredes laterais sejam todas envidraçadas, os muros altos das divisas com sua vegetação linear, amenizam a incidência de raios solares, possibilitando uma agradável luz natural em toda área de consumo. Não há perda de espaços para mesas e cadeiras em detrimento da forma curva, ao contrário disto, o número de ocupantes e a área permitida para consumo, segundo as diretrizes de uso e ocupação do solo, são aproveitados ao máximo, e os salões do térreo e do pavimento superior têm vãos livres que dão total flexibilidade ao layout.