- Área: 120 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Fabio Okamoto
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Fabricantes: Acquamobile, CMB, Divanni, ICC Escadas, Netriport
Descrição enviada pela equipe de projeto. Izakaya é o termo que se dá aos botecos no Japão ou lugares onde os executivos costumam ir após o expediente para relaxar. Diferente daqui a cultura japonesa preza pela discrição e os Izakayas costumam ser lugares mais reservados e até escondidos dos olhares de outras pessoas. Pensado para ser um bar voltado para expatriados, o Izakaya Yorimichi, localizado no bairro do Paraíso, em São Paulo, região com forte concentração de empresas japonesas foi projetado para se adequar à cultura oriental, mas com um toque de brasilidade sugerido pelo arquiteto.
Foi escolhido uma construção existente de 120m² em 2 pavimentos, com 5 de frente por 12m de profundidade. Solicitaram que o local fosse discreto, tivesse uma pequena cozinha, um balcão e uma churrasqueira no pavimento térreo e no pavimento superior salas privativas, depósitos e sanitários.
O conceito era fazer uma arquitetura que remetesse à tradicional japonesa, mas tivesse um caráter moderno e brasileiro. Para isso todos os materiais utilizados são nacionais e o desenho embora austero sugere charme e elegância. Tudo desenhado pelo arquiteto, desde o balcão, tatames, portas, logotipo, cardápio, sinalização e até as cadeiras. Além disso, as cerâmicas e as obras de arte passaram pela sua escolha ou sugestão.
Na fachada procurou-se criar uma empena cega, mas que tivesse relevo e personalidade, logo realizou-se um mosaico compondo ardósia mineira preta e ferrugem, de diferentes espessuras junto a uma pequena placa da marca da empresa desenhada com rebaixo no granito.
O acesso criado sugere certo mistério e curiosidade. Ao passar num pequeno túnel escuro entre o noren (cortina) e a porta, o cliente adentra ao salão para que seja inundado de luz, cheiro e surpresa.
Além disso, por se tratar de um estabelecimento com bebidas exclusivas e com custos relativamente altos, o arquiteto procurou dar um tratamento único, expondo-as em caixas de madeira iluminadas.
Para ter acesso ao pavimento superior o cliente percorre até o final do salão, junto a uma “floresta” de bambus e seguir rumo à escada sem apoios.
Nas salas superiores os tatames possuem certa privacidade, ao mesmo tempo em que ficam ligeiramente expostos pelo noren e os ripados, criando um jogo misterioso de luz e sombras.
Procurou-se ressaltar sempre os materiais em suas características originais. Desde o piso e fachada em ardósia, às madeiras dos mobiliários, assim como as bancadas em pedra. O arquiteto procurou trabalhar numa paleta de cores que pudesse sugerir aconchego e beleza.