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Arquitetos: Archterra Architects
- Área: 168 m²
- Ano: 2012
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situado em um local repleto de mata nativa, o dono e construtor pretende extrair a forma construída, acampar sob um simples refúgio.
Esquematicamente, a simples planta retangular da casa está dividida em leste e oeste, em áreas de repouso e áreas de convivência, delineada por uma mudança de nível do solo e um espesso muro de terra batida que continua ao longo da casa ao ar livre. O muro de terra também define o foco da entrada para a área de estacionamento.
Todas as habitações estão voltadas ao norte para aproveitar o caloroso sol de inverno, exceto o dormitório principal, que volta-se ao sudoeste e desfruta de espetaculares pores-do-sol filtrados através dos troncos verticais das copas das árvores.
O banheiro desfruta da mesma orientação que o dormitório principal, e se abre à montanha através de uma porta de vidro para gerar a experiência de uma ducha no exterior.
Dois decks proporcionam formas alternativas para experimentar o espaço exterior - o primeiro aberto para que o sol de inverno entre e para absorver as estrelas ao norte e um terraço coberto ao leste para proteção da chuva e do sol.
A cobertura se eleva ao norte para proporcionar vistas ao céu e às copas das árvores por meio de janelas emolduradas em cedro que proporcionam um cálido e tátil contraste com as esquadrias claras das portas de correr.
Referenciando as casas de estudo na Califórnia dos anos 40, 50 e 60, uma grade estrutural de 3,6 metros localiza as esquadrias de aço pré-fabricadas que permitem uma estrutura de suporte principal para ser erguida em um dia e para elaborar a madeira que será utilizada posteriormente pelo proprietário-construtor dentro destas marcações sob um teto que protege do sol e da chuva.
A estrutura de aço galvanizado se expressa tanto interna quanto externamente, criando um ritmo repetitivo ao longo das fachadas norte e sul. A pátina manchada da galvanização continua caminhando a medida que envelhece.
A sustentabilidade ambiental é intrínseca ao desenho: medidas passivas tais como a orientação norte, eficientes caminhos de ventilação de fluxo cruzado para a refrigeração no verão e brises em balanço calculados para a entrada do sol de inverno combinam com medidas ativas como a autossuficiência energética de uma matriz solar de 3 kW montada na terra, um aquecedor solar de água na cobertura e um sistema de tratamento de águas negras que irriga o jardim com água rica em nutrientes.
Todo o deck é de madeira jarrah reciclada, com grandes vigas desmanteladas de um depósito, os revestimentos das coberturas são de pinus australiano com acabamento feito com azeite de linhaça. A cobertura de madeira compensada continua para fora da edificação com os brises para acentuar a sensação interior-exterior.
A casa conta com um forro de concreto para massa térmica que foi lixado através de uma máquina para proporcionar uma solução resistente e rentável.
Os materiais exteriores foram escolhidos para ser, em grande medida, de auto-acabamento e para minimizar sua manutenção: zinco, terra batida e vidro.