Antes do Projeto
Um ambiente sem grandes sofisticações é necessário para configurar um encontro informal. Como criar um clima que permita que se alterne suavemente entre luz e sombra? Como costurar diferentes tecidos que compõem uma floresta para que balancem com o vento? Como escovar o contorno das expressões da água para permitir que se experimente a respiração livremente, como ondulações, mas ainda sim indescritível.
O Lago Qiandao é um local abençoado, envolto por montanhas. Nos últimos anos, o empreiteiro chegou por aqui e os edifícios deste projeto - 12 casas ao estilo Soho projetados pelos alemães do GMP - foram completados há dois anos atrás. No entanto, o empreiteiro apaixonado por este local é muito cauteloso sobre este investimento. Até o começo de 2014, a família do empresário finalmente decidiu construir um hotel-resort geridos por si mesmos após muito considerar, o que transparece no desenho do projeto.
Arquitetura
Os doze edifícios são uma expressão consistente de desenho dos alemães da GMP; são limpos, simples e organizados. Cada edifício de dois pavimentos cobre uma área de 300 m² e estão semi-ocultos a medida que sobem a colina. Com vistas para a água e o céu, é harmonioso e independente, o que acabou por se tornar mais desafiador do que os prazos apertados para projeto e construção que exigia o empreiteiro.
Criação
Sem discorrer sobre o estilo do hotel, imagine o sentimento no momento que se revela a seus olhos. É difícil definir a elegância ou a grandeza da paisagem externa, é preciso apurar os sentidos e os olhos ao microcosmo deste ambiente. Como o espaço é uma folha em branco, é como se o arquiteto fosse o pintor a pintar esta cena.
Enquadramentos e pinturas, palco e protagonista
Assim como o conceito arquitetônico - simples e contemporâneo - as linhas guias do desenho do hotel também deveriam ser simples. Portanto, a tela e o palco se iniciam com uma base limpa e pura. O branco dos pisos e paredes incentivam o diálogo entre o interior e exterior como uma paisagem imaginada.
O foco na lógica do projeto é para expressar a forma de cada conjunto de mobiliário, e cada detalhe da expressão. Aqui o mobiliário é o protagonista. No saguão, foram escavados dois barcos de madeira maciça. Um dos barcos está flutuando pendurado no teto, como se o ambiente estivesse repleto de água. O forro suspenso é feito de uma malha de finas lâminas entrelaçadas de bambu, produzidos localmente. Com a luz, a sombra do bambu é projetada nas paredes, e aumentam a sensação do barco estar flutuando na água. No restaurante, foram incorporados galhos finos na superfície das mesas, em combinação com a interação de luz e sombra, para criar a sensação de uma floresta de montanha.
Em cada quarto de hóspedes, o movimento de seixos que encontram a água é incorporado no sofá que parece espalhar uma série de arcos como ondulações que alcançam o estado estático e dinâmico da água no espaço.
De forma geral, o projeto é executado em madeira e bambu, para incrementar a expressão do senso ecológico. Com o tom dominante do branco, destaca a tranquilidade trazida pela madeira, e também revela toques sucintos e contemporâneos.
Epílogo
O estado dinâmico é misturado e interage com o estático para indicar a propagação mútua da linha dinâmica e estática das coisas. A simplicidade primitiva e o requinte se complementam em contrastes sutis. A textura nativa coexiste com os tons de branco artificiais para desenhar uma paisagem de fantasia.