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Arquitetos: platform_a
- Área: 198 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Yoon Joonhawn
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto ‘Plataforma_monsant’ está localizado em uma pequena área residencial de Aeweol, Jeju, onde pequenas comunidades estão situadas afastadas das cidades. Essa área na Ilha de Jeju ainda mantém as características originais de uma ilha vulcânica, com grandes espaços livres e muitas plantas nativas, e este edifício tem como partido inicial a integração à paisagem do entorno.
Nosso objetivo não é enfatizar a arquitetura pela paisagem, mas destacar a paisagem pela arquitetura. Uma reserva natural existente ao sul e à oeste do terreno, e a inclinação natural do terreno voltada para a parte posterior desta reserva nos permitiu estabelecer uma direção na abordagem de intervenção: respeitar o espaço existente com o comprometimento mínimo, estendendo sua permanência através da presença em relação ao futuro. Aqui, a arquitetura não é nada além do meio para manter e estender o contexto existente.
A disposição do edifício aceita o espaço existente e a topografia como ela naturalmente é, com a forma de um cubo localizado ao longo da inclinação como um volume simples para descanso e contemplação. A volumetria refinada é projetada para incorporar uma peça natural de arquitetura através do concreto e do vidro, oferecido assim um dispositivo para absorver as características existentes do terreno. O contraste da parede de basalto - um material de fontes locais - com o concreto e o vidro constroem a narrativa do edifício.
Projetamos o primeiro edifício de todo o masterplan ao construir uma horizontalidade distinta ao londo do eixo norte sul. As fachadas leste e norte não possuem aberturas, mas as fachadas sul e oeste possuem grandes transparências, com aberturas que conectam o interior ao exterior agindo como um dispositivo funcional para garantir a luz natural e a integração com a paisagem a partir do interior, com vistas do mar e do pôr do sol de Jeju.
As aberturas e seu posicionamento determinam o caráter do espaço, como implicativo ou extensivo criando portanto um novo paradigma e relação entre edifício e entorno.
O terraço da cobertura do edifício térreo é uma continuação do ambiente natural, servindo como um observatório aberto para todas as direções. Além disso, também é responsável pelo isolamento do edifício ao longo do ano, aumentando a continuidade visual entre a rua, o edifício e paisagem do entorno. No terraço da cobertura, um cubo transparente atua como uma extensão de uma abertura zenital, projetando ativamente o exterior para dentro do edifício assim como projeta para o terraço externo a luz interna durante a noite.
Parede Posterior - O concreto que compõe esta parede renasceu com referência ao terreno. Essa é uma transformação do material como uma obra de arte, ou uma grande intervenção a estender para o interior o caráter distintivo de sua superfície irregular. A parede foge de sua função original como elemento limítrofe e passa a oferecer um novo espaço onde usuários podem descansar, enquanto o eixo vertical planejado ao longo da parede desperta a curiosidade dos usuários.
Vidro reflexivo - Este elemento suportado por uma estrutura metálica preta foi projetado para permitir abertura e fechamento em qualquer hora do dia, garantindo a privacidade dos usuários em relação à rua mas permitindo que a bela paisagem adentre o edifício.
Reflexão do ambiente externo no interior - Os belos elementos da paisagem que refletem a localidade de Jeju - como as paredes de pedra, a areia vulcânica, a rocha de basalto - foram reinterpretados no conceito do projeto. As características originais do entorno ecoam nos interiores do pavimento mais ao sul, servindo como dispositivo a despertar um senso primitivo de natureza e como meio para aceitar suas constantes mudanças. Evitando ações formalizadas e preferências de ideais de arquitetura, este projeto se relaciona com a natureza através do espaço vazio como de maneira significativa, e não em uma dimensão superficial de informação.