- Área: 5500 m²
- Ano: 2016
-
Fotografias:Luc Boegly
-
Fabricantes: Alu Design, Saint-Gobain, Schüco
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esse empreendimento está localizado no distrito 19, no extremo norte de Paris, dentro de um entorno urbano que se caracteriza por edifícios de habitação social feitos em tijolo, desenvolvidos no período entre guerras.
O terreno de forma triangular, que mede aproximadamente 10.000 m2, está orientado no sentido norte-sul sobre seu eixo mais longo, apresentando como limites:
- A rodovia de circulação periférica de Paris ao leste.
- A Rua des Marchais, ao sul.
- O Boulevard d'Indochine, ao longo do qual percorre a linha T3 do VLT de Paris, a oeste.
- A porta da cidade, Porte Chaumont, ao norte.
O terreno descente abruptamente desde seu ponto mais meridional da Porte Brunet até seu ponto mais ao norte na Porte Chaumont.
Juntamente com a via periférica da cidade há uma barreira acústica de 6m de altura e 280m de comprimento, protegendo o local do ruído do tráfego. Além disso, o acesso secundário é estabelecido a partir deste elemento.
Nosso projeto de apart hotel está no extremo norte do terreno, construído como uma linha contínua com a residência de estudantes de Jacques Moussafir. O hotel forma uma espécie de 'arco' voltado ao empreendimento geral, apontando diretamente a Filarmônica de Paris, feita por Jean Nouvel.
O edifício dialoga com dois ambientes diferentes:
- Oeste, o Boulevard d'Indochine, composto em sua maioria por fachadas de tijolo dos blocos de moradia social do período entre guerras e a paisagem da via T3.
- Leste, a via periférica, um ambiente muito menos humano, com correntes de tráfego e todos seus contaminantes associados.
O edifício, que ocupa quase todo o terreno, é moldado de acordo com as limitações urbanas, os requisitos do programa e as restrições do terreno, particularmente a barreira acústica ao lado da via e as correspondentes rotas de acesso.
UMA FORMA CÔNICA DETERMINADA PELO DESAFIANTE TERRENO
As diferentes restrições espaciais e técnicas literalmente esculpem as formas deste projeto: o local é realmente muito estreito, 'exprimido' no seu lado sul pela residência de estudantes e ao lado leste pelos requisitos de acesso para a barreira acústica. O edifício deveria encontrar espaço suficiente dentro das limitações para proporcionar o número requerido de habitações deste hotel de apartamentos.
O volume resultante é cônico: os diferentes planos inclinados permitem a criação do acesso contra-incêndio ao longo da fachada leste, enquanto que o espaço libre se estabeleceu no lado do Boulevard d'Indochine. Mais adiante, onde o hotel encontra a residência de estudantes, os mesmo ângulos nítidos aparecem. Os dois projetos, hotel e residência estudantil. estão fortemente relacionados entre si.
Estas diferentes faces anguladas, de um volume que era praticamente retangular no começo, proporciona percepções muito diferentes do edifício: de acordo com o ponto de vista, as superfícies parecem mais brilhantes ou mais escuras, mais ou menos convexas, conferindo um poderoso dinamismo a todo o edifício.
A fachada no lado da Porte de Chaumont surge muito alta devido a sua reduzida largura, criando um ponto de referência para os pedestres do Boulevard d'Indochine, um farol na via periférica.
A entrada pedonal principal do edifício está na esquina noroeste. A proximidade com a Porte de Chaumont, um ponto de parada do VLT e uma estação de bicicletas facilita o acesso ao hotel.
O hotel dispõe de estacionamento, que se encontra sob o edifício de escritórios contíguo. O acesso é feito através da esquina sul do terreno.
Em termos de logística, um acesso de serviço entre a rodovia e o hotel permite a coleta de resíduos. Os motoristas também podem utilizar esta rota, que possui uma entrada secundária, para desembarcar os usuários.