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Arquitetos: Equipe Lamas
- Área: 850 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Haruo Mikami
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Fabricantes: Arquivo Contemporâneo, Arte ofício, Galeria Renome, Ibramar, Imax, Light Design+Exporlux, Lumini, Ornatos, Talentus marcenaria, Vitral, galeria Clima
Descrição enviada pela equipe de projeto. A arquitetura da Casa 28 se mostra como uma extensão da paisagem árida e exuberante do Cerrado. Uma família que buscava tranquilidade e conexão com a natureza comissionou esse refúgio urbano localizado à 10 minutos do Congresso Nacional de Brasília.
A área de 7000 m2 possibilitou espalhar 750m2 de construção pelo terreno. Sua volumetria é permeada por jardins e generosas esquadrias de madeira garantem a iluminação natural e conectam a vivência à paisagem.
Uma variedade de perspectivas se revelam ao caminhar pela casa. Os ambientes tem alturas diferentes que confirmam uma hierarquia espacial. Extensas paredes, revestidas com argamassa polimérica, definem espaços fluidos e aberturas posicionadas em todas as direções integram as áreas de convivência. Janelões, em sua maioria posicionados leste Oeste e as paredes Norte Sul. Essa orientação permite um efeito dramático da luz natural durante o amanhecer e pôr-do-sol e abre vistas pelas casa.
Os quartos independentes e voltados para o nascente, garantem privacidade aos membros da família. Todas as 3 suítes contam com uma varanda e um pergolado metálico para trepadeiras. As amplas esquadrias, quando abertas, servem também de bancos para os dois espaços.
As cores da paisagem encontram continuidade nos materiais: o piso de ladrilho hidráulico e paredes revestidas de fulget tem a cor da terra avermelhada do cerrado. As esquadrias e o forro de ipê, confirmam a sensação de pertencimento ao local. A estrutura metálica da cobertura e os pergolados em ferro corten também se mimetizam na vegetação.
Três Tapetes de ladrilhos hidráulicos com desenhos geométricos e coloridos foram colocados onde uso do tradicional tapete de tecido não seria prático: entrada, cozinha e sala de jantar.
Próximo à varanda, sob uma antiga árvore Jatobá, se encontra a piscina retangular revestida com mármore branco Espírito Santo. É uma piscina de conversação, com um banco em toda sua extensão e ladeada pelo deck de madeira.
A casa 28 tem estrutura mista: pilares de concreto e cobertura em estrutura metálica. A água pluvial coletada pela cobertura é direcionada para um reservatório subterrâneo que serve à irrigação do jardim durante a seca. Painéis solares aquecem a água da residência e a piscina por todo o ano. As janelas basculantes em todos os cômodos permitem constante ventilação cruzada e dispensam o uso de ar condicionado.
Para seu interior, um espírito Lúdico, confortável e descontraído com peças desenhadas pelo arquiteto Samuel Lamas e mestres do design nacional e internacional: Sergio Rodrigues, Tenreiro, Geraldo de Barros, Zalszupin, Jean Gillon, Lúcio Costa, Lina Bo Bardi, Irmãos Campana, Vico Magistretti, Achile Castiglioni, Antonio Bonet, Charles Eames e Pollock estão entre os designers selecionados.
O paisagismo foi pensado como uma extensão da mata com árvores nativas e massas de arbustos que florescem por todo ano para atrair pássaros. No jardim central, uma Eritrina Mulungu, conhecida como árvore coral, trará frequentemente para o hall de entrada, a visão de um tapete de flores vermelhas.