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Arquitetos: Hideyuki Nakayama Architecture
- Área: 59 m²
- Ano: 2009
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa encontra-se na área de embelezamento da antiga cidade de Kyoto e foi construída como um telhado de duas águas que se estende para fora do corpo principal da residência de dois pavimentos.
O centro das atividades encontra-se na cobertura. Estes espaços foram gerados pelo simples gesto de estender as vigas entre as paredes de contenção da casa adjacente e a casa principal, e vários elementos como a cozinha, uma mesa de jantar, móveis e uma banheira foram implantados ao redor da casa principal. O espaço é como um jardim de passagem, alinhando alternadamente o exterior e o telhado com o limite do terreno.
Ao passar o tempo indo e vindo todos os dias através deste jardim-passagem, os residentes podem ver a forma da casa principal a partir de vários ângulos. O volume da casa pode aparecer como uma torre, ou um castelo, dependendo do ângulo do qual se observa. No lugar onde a família dorme fica no segundo pavimento da casa principal, e é acessado por meio de uma escada no jardim de passagem, portanto, é como se o residente estivesse acessando a casa ao invés de simplesmente ir ao dormitório. Assim, o interior da casa principal transformou-se em um espaço que mantém a distância da área onde acontece a vida cotidiana.
O interior é um espaço curvo, onde na parte da escada, cujo piso é fino e feito em aço, e o equipamento, igualmente alinhado, se dispersam, mas sem gerar uma sensação de distancia entre eles. A relação entre os elementos é visível só passado um tempo de vida dos residentes na casa, com seu movimento no espaço junto aos móveis colocados em certos lugares e as sombras geradas por cada um deles. A parte frontal da casa mostra as características de uma casa de bonecas, aberta e visível a partir da rua.
Não houve, desde o início, nenhuma intenção de levar o exterior ao interior, ou livrar a vida cotidiana dos residentes dos arredores. Apesar disso, havia um pensamento que visava proporcionar uma extensão da vida produzida dentro da paisagem urbana, o terreno e a casa, algo que nunca tenha se sentido antes. Imagino o tipo dos novos e poderosos residentes da casa transformando-a em um espaço de vida, ou paisagem urbana, através da vida cotidiana da família de quatro pessoas que utilizaria plenamente a profundidade da extensão que tentou-se produzir.
Publicado originalmente em 28 de Dezembro de 2016.