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Arquitetos: O’Neill Rose Architects
- Área: 278 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Michael Moran
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Fabricantes: Atas International, Bertazzoni, CB2, Carl Hansen, Conran shop, Design Within Reach, King Stone Fabrication, Moooi, Sikkens, Stone Source, VALVO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Para destacar como se relaciona com o entorno, os arquitetos levaram ao extremo uma casa simples. Uma de suas extremidades está ancorada na colina, enquanto que a outra está flutuando por sobre um brejo alagado. Quando chove, a água literalmente corre por debaixo da casa: próximo à passarela de entrada, um jardim de chuva em meio à granulados médios faz uma cascata sobre a casa em direção ao campo distante.
Construída para um casal amante da natureza que está aposentando e se mudando para o campo, esta casa integra "envelhecer no local" em seu projeto. Implantada em apenas um pavimento, esta casa térrea está inserida no terreno para que a paisagem a rodeie, a fim de neutralizar visualmente a futura perda de mobilidade. Para maximizar a experiência externa, uma varanda externa pode ser utilizada no ano todo graças a uma grande lareira em pedra e aos painéis de vidro que a fecham completamente. Levando em conta projetos centrados no homem (e também no cachorro) aberturas em todas as orientações emolduram vistas chave, em direção ao orquidário, para o lago, e entre o bosque. Duas janelas mais baixas estão estrategicamente posicionadas para que os cachorros também possam desfrutar das vistas externas.
Os interiores refletem a estética dos arquitetos, com abordagem limpa e repleta de luz. Referências ao vernacular e ao rural podem ser encontradas em detalhes, que assim como em outros projetos, mobiliário e iluminação foram projetados pelos arquitetos.
Um dos materiais principais deste projeto é a madeira de cipreste. Gostamos de reinterpretar o contexto de maneira que destaque a contemporaneidade de nosso trabalho e evidencie o contexto original. Os edifícios agrícolas desta área, feitos em estruturas simples de madeira com pedras de base realmente nos tocaram. As pedras conformam a base que ancora os edifícios ao solo e as estruturas de madeira, mais leves, envolvem o entorno. Sentimos que este gesto é bastante apropriado, e poderíamos utilizá-lo para dirigir atenção da posição do edifício dentro de seu terreno. Escolhemos revestir o projeto com painéis verticais de cipreste, manchadas de ébano, pois é uma madeira muito bonita e a mancha translúcida evidenciou sua beleza.
Utilizamos nos interiores também; o mesmo tratamento na mesmo tipo de madeira cria a sensação de uma "casa dentro da casa" que habita a cozinha, enquanto que elementos de fechamentos de madeira pintada de azul atuam como divisor de ambientes em uma planta livre.