- Área: 2752 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Jerome Ricolleau
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Fabricantes: Casalgrande Padana, TECU®, Trespa, Wicona
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Studio Gardoni Architectures, vencedor do concurso de arquitetura em 2012, implanta discretamente esta importante instalação de serviços de emergência na pequena cidade de Chamonix e em sua particular paisagem. Erguendo-se da encosta, o edifício é coberto pelo território e está destinado a desaparecer enquanto a natureza, mais uma vez, recupera o seu devido lugar na paisagem.
O conceito arquitetônico do edifício é alcançar a invisibilidade: mais precisamente, pretende-se camuflar o impacto de um quartel de bombeiros, já que, normalmente, associa-se este tipo de local a um edifício cheio de atividades, em uma rede de diversas vias principais. Em um centro de serviços de emergência cada segundo conta, o que demanda um projeto que enfatize a precisão e o detalhe. Além de cumprir tais critérios, este novo edifício foi desenhado para permitir uma baia de veículos no subsolo.
Com o objetivo de minimizar o impacto e liberar o espaço para que o meio ambiente natural possa prosperar, os elementos centrais do edifício tiveram que ser mais compactos e construídos no subsolo. A forma é similar a um conjunto de elementos programáticos que se entrelaçam de forma oportuna para, simultaneamente, criar uma proximidade (funcionalidade e ergonomia), e minimizar a presença da estrutura. Este princípio tem como resultado um edifício com duas fachadas que encontram-se parcial, ou completamente abaixo da terra, e duas amplas fachadas que contém todas as funções do programa. Isso se resume através da estrutura opaca do ginásio, que é uma figura emblemática na parte dianteira do complexo.
A passagem do tempo é inerente à natureza deste lugar. Estes espaços se materializam em um processo de desaparecimento, de desdobramento do tempo. Aqui, o tempo não é destrutivo, mas transformador.
Primeiramente, a natureza cobre, tanto a cobertura, quanto a estrutura, e reivindica seu lugar de direto. As fundações de gabião são compostas de rochas locais, uma seleção de seixos escavados da morena glacial do entorno.
Por último, o cobre que encontra-se na fachada começa uma lenta mutação. Uma vez instalado, ele muda sua cor, do ouro ao marrom, como se vê em uma série de estruturas encontradas no vale. Este material reflete os picos dos arredores, transforma o local, e se transfigura pela mudança na luz diurna e pelo movimento das nuvens.