Descrição enviada pela equipe de projeto. Em uma casa construída pelo mestre da arquitetura em madeira, Zanine Caldas, o escritório Debaixo do Bloco Arquitetura teve o papel de requalificar a residência. Construída em Brasília em 1988, com 3.800 m², tem uma vista privilegiada onde é possível ver as principais obras arquitetônicas da capital do país.
A ideia inicial do projeto era manter as identidades do traço de Zanine junto a elementos icônicas da casa brasileira. Com isso sua estrutura aparente em madeira foi mantida para exaltar a simetria e ser o principal elemento estético e arquitetônico. Ela é uma consequência do desenho do telhado, onde fica claro nas plantas que sua estrutura é definida com harmonia entre os pilares vigas e cobertura da residência.
As intervenções aparecem nas aberturas de mais esquadrias para privilegiar a vista e a iluminação que invade os ambientes, um escape da cidade sem perde lá de vista. O excesso do vidro por todos os ângulos é proposital é ele que cria uma harmonia entre a arquitetura e a natureza e faz com que as áreas sofram uma mutação constante. As paredes de vidro fazem a casa ter cores diferentes conforme o tempo passa, Amanhecer | Entardecer | Anoitecer, três cenários possíveis ao passar do dia.
O piso permaneceu o original ardosia verde, mais uma forma de trazer o exterior para interior da casa, de forma que quando as portas estão abertas fica a impressão de não existir limite entre um e outro se tornando uma grande varanda, característica típica da casa portuguesa.
As madeiras voltaram a ter o tom natural que tinha sido perdida com as aplicações de verniz, esquadrias que antes eram fixas agora basculam como mais uma opção de ventilação natural que junto com o beiral do telhado traz o conforto térmico ideal para um ambiente totalmente translucida.
Já o mobiliário é uma exaltação a arquitetura modernista e o design nacional em tons crus mesclados com pedra e tecidos naturais.
Peças icônicas de Niemeyer e Lina Bo Bardi preenchem o espaço junto a designers mais contemporâneos.
A arte fica por conta do local Pedro Ivo que sobrepõem imagens dramáticas, junto a uma paleta de cores que casam com a rusticidade dos ambientes que tem apenas azulejos hidráulicos e tijolos expostos como revestimento.
Já os mezaninos que ficam nas adjacentes da obra. De um lado é aberto para compor com as áreas coletivas. Onde se tem uma nova vista – aérea - e de certa forma faz integração com espaço comuns, Sala | Cozinha | Jantar, a conexão se torna visual e dinâmica quando se tem encontros com amigos que hora jogam sinuca enquanto os outros aproveitam para jantar ou cozinha.
Pedido atendido para o jovem casal de clientes que tinham como receber um dos princípios pontos para a reforma. No mezanino isolado ficam a suíte e escritório, que usam paredes de 2,50 cm sem tocar o forro e revistadas com tijolos aparentes. Um dos motivos do escritório ficar nesse mesmo setor foi o prazer de poder trabalhar com a vista privilegiada que o terreno oferece.
Na área externa os pufes gigantes dão cor e fazem contraste entre o piso da pedra Pirenópolis, típica do cerrado.