- Área: 300 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Zé Maria Rebelo de Andrade
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Fabricantes: Cinca, Interface, Smeg, Steelcase
Descrição enviada pela equipe de projeto. Projecto de interiores, concebido para o cliente norte-americano WODIFY, uma startup tecnológica, que desenvolve mundialmente as principais Apps para a gestão de ginásios.
Localizado no extremo oriental da cidade de Lisboa, antiga zona industrial que sofreu uma fantástica renovação urbanística após a exposição universal EXPO 2008, este projecto implanta-se em três fracções, distribuídas por dois pisos, no quarteirão desenhado pelos arquitectos Aires Mateus, que inclui edifícios de escritórios, food court e um agradável espelho de água.
Com vista a agregar o programa funcional a partir da nova imagem, valores e cultura desta jovem empresa e o desafio de articular três fracções separadas por paredes e/ou pisos, foram seguidas 4 estratégias de acção:
Divisão permeável – Áreas de trabalho isoladas fisica e acusticamente entre si, criando privacidade e autonomia, mas mantendo continuidade visual, através de divisórias em vidro com ofuscação pontual e “semi-barreiras” como elementos ornamentais ou mobiliário estrutural.
Apropriação pela Textura – Diferentes texturas adaptadas a diferentes ambientes, gerando sensação de bem-estar, descontracção e conforto com materiais naturais e locais (madeira de pinho, calçada portuguesa e parede de composto vegetal) ou a criação de ambiente tecnológico, dinâmico e produtivo (vidro, metal e a tinta plástica).
Cor como elemento organizador – Organização do espaço através da distribuição de planos e volumes de cor solida, marcando limite, hierarquias e utilizações, com base na imagem corporativa da WODIFY.
Multifuncionalidade espacial – Preocupação de desenho e inclusão de infra-estruturas, que permitem nos principais espaços, a alterações de utilizações, lotações e ocupações, de acordo com a estratégia a adoptar pelos utilizadores.
Foi necessário criar um programa rigoroso e detalhado de áreas funcionais, que servisse as dinâmicas de trabalho de uma empresa tecnológica, e que ao mesmo tempo suportasse o rápido crescimento da equipa em Portugal.
A ocupação da totalidade do piso 2 por um programa mais operativo e de zonas de trabalho, agregou duas fracções inicialmente separadas e estabeleceu um esquema de organização espacial de 3 zonas principais: O STADIUM, uma zona de recepção com capacidade de adaptação para videoconferência, palestras e eventos a partir da criação de uma estrutura de anfiteatro; O STUDIO, um amplo espaço de trabalho para as equipas criativas; e os LAB´s, cinco salas de trabalho para as equipas de engenharia.
A articulação das circulações com estas zonas, gerou espaços interessantes de permanência e de funções autónomas, como o BAR, uma pequena cafetaria no corredor de ligação entre fracções; o HOTEL, área com postos de trabalho autónomos; e os PODs, cabines para telefonemas ou reuniões de um-para-um.
Na fracção disponível no piso inferior, foi estruturado um programa direccionado para as funções de entretenimento e trabalho autónomo, existindo: os DOCKS, duas salas para reuniões de grupo; o INCUBATOR, área direccionada ao trabalho especializado e brainstorm; uma ampla área com relação directa com o espelho de água exterior, designado por PARK, que alberga um confortável lounge, uma área de refeições e uma zona de cozinha com todas as utilidades disponíveis para o bem estar dos seus utilizadores.