- Área: 6000 m²
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Fotografias:Dirk Weiblen
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto está localizado em Xangai, na margem norte da enseada de Suzhou. A área, uma vez o vibrante motor industrial da Xangai colonial, está passando hoje por um processo controverso sem precedentes de transformação, no qual as porções consistentes do tecido urbano original estão sendo destruídos junto com a memória que as obras industriais representam, substituída por torres residenciais e de escritórios.
O armazém, uma instalação britânica do início do século XX para a produção e o estoque de têxteis está entre os poucos testemunhos da história industrial da cidade ainda em pé na área. Sua grande escala, 6000m2 em três pavimentos, e seu estado de conservação notável o alistou como um patrimônio industrial protegido. Para sobreviver, o prédio teve de ser reaproveitado em novas funções, modernizado tecnologicamente e transformado em espaços comerciais e de escritório flexíveis, readaptado a um contexto radicalmente transformado e diferente do que originalmente pertencia.
O projeto de renovação arquitetônica, primeira fase de um processo que incluirá o desenho de todas as áreas comuns e parte dos interiores dos futuros inquilinos, foi concebido como uma mistura cuidadosa de conservação rigorosa e soluções inovadoras.
As texturas originais do edifício ressurgiram através de um cuidadoso processo de levantamento, limpeza, remoção de adições não originais, reconstrução de peças danificadas ou perdidas, sempre reversíveis e distinguíveis do original.
A circulação interna foi redesenhada em torno do átrio principal, coberto por um telhado de vidro. Foi criada uma varanda de aço em balanço na fachada da antiga alvenaria e espirais ao redor do vazio que conectam a entrada para os andares superiores. Uma superfície escultural de vidro encerra o átrio, resolvendo telhados e fachadas com um gesto unificador e terminando em um dossel revestido de madeira sob o qual o novo acesso principal ao edifício está localizado.
Sob estes dois átrios de vidro convivem o passado e o presente, reivindicando ambos seus direitos à expressão. As duas línguas complementam-se em um todo coerente e equilibrado.