Elevação do solo
A sede da Puma Energy Paraguai está localizada na Av. Espanha, uma das principais artérias da cidade com alta intensidade de tráfego e em plena transformação. Neste entorno, edifícios de dois ou três pavimentos misturam-se com a vegetação, postes elétricos, placas publicitárias e cabos.
A sede corporativa se localiza em um terreno de esquina que confere grande visibilidade e contato com o tráfego urbano. Aproveitando esta situação, o edifício se eleva do solo sobre quatro pilares de concreto liberando o térreo e facilitando uma conexão direta entre a cidade e o edifício. Desse modo, os espaços de trabalho se concentram em um volume elevado, rodeado por vegetação e isolado do ruído da rua.
Vocação pública
O projeto possui uma clara vocação urbana. O térreo é projetado como um espaço flexível e sem um programa determinado, em relação direta com a rua e coberto pela grande laje do volume superior. O espaço delimitado pelos quatro apoios dispõe de uma vedação composta por uma série de portas que permite modular a relação entre o hall e a rua, determinando assim um limite variável que se adapta a diferentes requerimentos programáticos. Ele atua como um espaço no qual o interior e o exterior se confundem, assim como seu caráter público e privado. Além disso, a pavimentação em pedra exterior continua no interior do edifício introduzindo a rua no hall.
Compacto e flexível
O volume de escritórios é sustentado unicamente por quatro apoios para favorecer não somente a criação de um térreo livre, mas também para gerar espaços comerciais completamente diáfanos e sem obstáculos estruturais. A percepção de amplitude e a flexibilidade são favorecidas para possíveis modificações de distribuição no futuro.
A estrutura horizontal se materializa em lajes bidirecionais tensionadas, permitindo a necessária compacidade do volume devido a limitação de altura pela normativa municipal fixada em 12m. É produzida uma otimização das lajes, graças a localização dos pilares, que garante um balanço em todo o perímetro como uma marquise de acesso público já que desde um ponto de vista estrutural esta localização compensa os grandes vãos interiores de aproximadamente 15m.
Percepção vibrante
A solução da fachada está concebida com um duplo propósito. Por um lado, foi desenhada para maximizar a iluminação natural ao mesmo tempo em que se reduz a carga térmica por incidência direta do sol. Por outro lado, foi planejada para ser percebida como um leve véu; como uma nuvem de esbeltos perfis de alumínio cuja percepção é dinâmica. O edifício cria um diálogo visual com o usuário, ao mover-se ao redor dele.
O contorno levemente curvo do edifício tensiona a relação com seu entorno imediato, aproximando-se e afastando-se das construções vizinhas e das árvores próximas. A adição de perfis verticais dispostos nas fachadas levemente curvas, permite uma percepção dinâmica e vibrante da mesma desde a rua e desde os veículos que passam por ela.
A percepção resultante, tanto desde o exterior como do interior é a de um véu leve e esbelto; um bloco urbano abstrato e dinâmico que se separa do solo e é suspenso no ar.