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Arquitetos: Diana Radomysler, Suzana Glogowski, Studio MK27 - Marcio Kogan
- Área: 270 m²
- Ano: 2009
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Fotografias:Pedro Vannucchi
Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno da Casa Osler fica na extremidade do plano piloto de Brasília, na ponta de um dos braços do Lago Paranoá. A casa é um comentário poético sobre a arquitetura moderna, sobretudo o modernismo brasileiro, a partir de uma releitura contemporânea dos materiais e das técnicas construtivas.
A planta da casa Osler é estruturada a partir de um volume térreo, um volume suspenso e um deck com piscina externo. A caixa de concreto e madeira que repousa sobre o solo abriga a suíte principal, um dormitório, um banheiro, uma área de serviços e a garagem. Os brises verticais de madeira filtram a luz e podem ser abertos inteiramente, diluindo a relação entre o interior do exterior. O volume superior, apoiado no volume térreo de um lado e sobre pilotis de outro, tem a sala de estar, a cozinha (toda resolvida com móveis baixos) e um pequeno escritório. A caixa superior cria uma área de sombra e sobre o prisma térreo, como extensão da sala, há um solário.
Uma escada externa conecta o deck próximo da piscina com o solário superior e uma escada interna, faz a circulação cotidiana da casa. Próximo da circulação principal, no hall de entrada da casa, um painel de Athos Bulcão foi desenhado especialmente para o lugar e é, possivelmente, sua última obra. Os azulejos que povoam os prédios de Brasília constróem também o espaço da casa; uma obra de arte desenhada para a casa, pensada com a arquitetura, que o artista não pôde ver concluída.
Os brises, os pilotis e a planta com dois volumes perpendiculares são, nessa residência, um comentário da arquitetura moderna em Brasília; o painel de Athos Bulcão, um grande privilégio para o morador e para os arquitetos.