Descrição enviada pela equipe de projeto. Como um projeto de moradia social herdou as ambições de um projeto de moradias comunitárias.
O projeto, desenvolvido pela agência KARAWITZ, compreende 23 apartamentos, um restaurante, um jardim e um estacionamento. Foi construído para OGIF, um promotor imobiliário especializado em moradia social. Uma das particularidades deste projeto é que ele herdou as ambições de um projeto de moradias comunitárias anterior, nomeado como "Projeto Diapasão". Inicialmente foram programadas 14 moradias, um estúdio comum e lojas. Este primeiro projeto não utilizava toda a proporção de área construída estipulada pelo plano diretor... nem o potencial dos arquitetos em proporcionar moradias complementares no projeto final.
O terreno é conhecido pelos parisienses, especialmente para aqueles que são propensos a passear ao lado do canal Ourcq. Alguns metros antes do Parc de la Villette, no cais de Marne, ele domina a água e desliza entre as ruas Meurthe e Ourcq. Ampliando sua singularidade, este lote é acessado por um nível superior ao da rua de l'Ourcq, na abertura de uma ponte pedonal sobre o canal, enquanto se inclina no nível da rua Meurthe. Por último, oferece a rara oportunidade a Paris de desenvolver um edifício autônomo sem propriedades adjacentes ou vizinhas e gerar tanto um jardim ao sul quanto vistas excepcionais ao norte.
Por causa da permissão de construção, obtida em outubro de 2011 como parte do projeto desenvolvido neste momento por KARAWITZ, se manteve a escala com apenas duas modificações. A sobreposição entre os apartamentos duplex em forma de Z e os apartamentos de um só pavimento, em forma de L, foi eliminada do projeto atual, porém herda-se a coluna vertebral do desenho e um canal de conexão ao jardim que oferece transparência. Abriga uma escada que permite o serviço de quatro apartamentos com descansos de grande tamanho e espaços bioclimáticos iluminados naturalmente. Na parte frontal, voltada ao canal, as janelas dos apartamentos grandes e pequenos do antigo projeto converteram-se em varandas no novo.
A antiga sala comum se transformou em um estar independente. As tipologias propostas são de um e dois dormitórios com vistas ao canal ou ao jardim, além dos apartamentos de cobertura de um só pavimento que oferecem uma variação mais singular. Todos possuem uma dupla orientação e se beneficiam de uma varanda. No lado do canal, algumas janelas estão equipadas com vidro spandrel para perpetuar a ideia de diversidade inerente ao projeto inicial e proporcionar as salas de estar, vistas para o rio.
Em 2016 foram inauguradas ali uma cervejaria e uma loja.
As escolhas estruturais se centraram em concreto com isolamento exterior. O beiral é coberto por um revestimento reflectante enquanto o resto é feito com o madeira escura. Estas molduras exteriores contrastam com as esquadrias interiores de madeira ou alumínio. Por fim, as coberturas inclinadas que 'dançam' recobertas em zinco, criam uma forma muito escultórica. Este projeto cumpre com os requisitos do Plano Climático.
Descrição do Produto. O revestimento de madeira de Piveteau é um elemento importante para o projeto. As estritas normas de proteção contra incêndio reduziram significativamente a gama de produtos de madeira que poderiam ser utilizados na fachada. Por um lado, para manter certa leveza, buscamos um produto similar ao revestimento perfurado originalmente previsto, porém proibido pela regulamentação. Por outro lado, a cidade esperava um revestimento de madeira que não manchasse a longo prazo pela influência do tempo. A madeira escura e o perfil 'falsamente perfurado' nos permitiram encontrar soluções a estas duas limitações.