Descrição enviada pela equipe de projeto. Originalmente, as quadras que hoje abrigam as Praças da Matriz e Nove de Julho compunham uma só praça, chamada São Domingos. Com o tempo, uma das metades passou a ter uma função mais cívica, evocando a Revolução Constitucionalista de 1932. A outra parte teve seu uso sempre associado à presença da igreja da Matriz.
Para o estabelecimento dos programas a serem atendidos, adotou-se metodologia que visou à reformulação dos espaços urbanos para atender às novas funções, com ênfase nas soluções para os espaços de circulação e de estacionamento veicular, tanto nas áreas como nos seus entornos, e nas áreas destinadas aos pedestres.
A arborização recebeu atenção especial, tanto no que se refere às árvores existentes quanto à implantação de novos conjuntos.
Praça da Matriz
A Praça da Matriz, conhecida como “A praia da cidade”, é muito frequentada, tanto a igreja para cerimônias religiosas como a praça para ponto de encontro.
Além da recuperação da igreja, de responsabilidade da Prefeitura Municipal, a recuperação da praça tinha como pressupostos a acessibilidade, a valorização da vegetação existente e a criação de um espaço de qualidade estética e ambiental. Um elemento simbólico está presente na praça – o Padre Albino, em bronze, sentado em um dos extensos bancos, testemunha a circulação dos munícipes.
Praça Nove de Julho
A Praça Nove de Julho foi tratada em dois grandes compartimentos, de caráter simbólico, tratado como pequenos anfiteatros e pequeno espelho d´água.
A Praça Nove de Julho representa um marco simbólico em Catanduva. Evoca a Revolução Constitucionalista de 1932 através de dois elementos iconográficos – o monumento ao Soldado Constitucionalista (1958), do artista plástico Oscar Valzacchi, e o Mural em baixo relevo (1982), do artista plástico Luis Antonio Malheiros. Foram ambos deslocados para o setor da praça em que serão devidamente valorizados.
A praça é um continuum da Praça da Matriz, cuja revitalização foi concluída em 2011. A Rua Cuiabá, que divide as duas praças, terá, nesse trecho, seu leito carroçável elevado ao nível do piso das praças visando assegurar a ligação entre ambas.
Junto a esta via, há uma edificação coberta que abriga loja de produtos de artesanato, ponto de informações e outras atividades, necessárias ao atendimento dos usuários, além de sanitários e depósitos. Abre-se para área de estar voltada para a Praça da Matriz.
Do outro lado, esta edificação, volta-se para o setor do anfiteatro, com seu palco, localizado sobre a laje de cobertura. Este setor, que tem como função precípua a celebração da data de Nove de Julho, reúne os monumentos remanejados já mencionados, e o recinto do anfiteatro, que acomoda os cidadãos nas festividades culturais e cívicas.
Junto à Rua Recife, importante eixo de acesso à praça pela população da região, localiza-se um ponto de ônibus de fluxo significativo. Nessa região criou-se uma área de estar, sob a sombra das árvores existentes, e um conjunto de vertedouros de água que se encaixam no plano reverso das arquibancadas do anfiteatro.