-
Arquitetos: Jacques Ferrier Architecture
- Área: 19000 m²
- Ano: 2016
-
Fotografias:Luc Boegly
-
Fabricantes: Gerflor, TECSOM
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Escola Francesa de Pequim, desenhada por Jacques Ferrier Architecture, foi imaginada como uma paisagem construída. Ela está sendo desenvolvida no bairro "Orchard", que leva o nome das antigas hortas que ali existiam, uma característica definidora deste terreno a caminho do aeroporto. Desde então, o desenvolvimento de blocos residenciais e escolas internacionais introduziram ao local um novo caráter urbano com edifícios de baixo gabarito junto a generosos espaços verdes.
O edifício cria um espaço contínuo e unificado, definindo os diversos caminhos e sua relação com as ruas. Ele oferece aos estudantes e professores uma combinação de espaços protegidos e abertos, com a paisagem sempre presente como pano de fundo. O térreo abriga espaços e funções compartilhadas: sob um toldo, os espaços comuns para as diversas escolas são alternados com pátios cobertos. Todos os espaços ao ar livre abrem-se para a horta da cantina e para as instalações esportivas.
As entradas para a escola primária, escola secundária e a universidade estão claramente separadas, como os fluxos de diferentes estudantes. Entretanto, existem conexões entre as diferentes partes da escola pensadas para os funcionários e professores. A organização dos espaços é inequívoca e legível: o hall da escola e a biblioteca são reconhecíveis no momento em que o usuário adentra o espaço.
No segundo pavimento, as salas de aula são organizadas de forma racional e flexível. Elas estão revestidas por uma rede de madeira que parece flutuar sobre o entorno orgânico formado pelas árvores frutíferas. Desde o interior, esta rede é suficientemente porosa para deixar que a luz transpasse e não obstrua as vistas ao exterior. Este elemento assume um papel importante ao sombrear o edifício e proteger as atividades da escola do exterior. Por fim, o tramado cria uma postura arquitetônica serena, inovadora e identificável, inspirando-se na arquitetura tradicional chinesa.
O refeitório e a academia foram desenhados como pavilhões na horta. Junto ao estádio, são agregados toques finais a um projeto que combina arquitetura e paisagismo para criar um lugar de aprendizagem notável e preocupado com o meio ambiente. Os metais utilizados nas fachadas dos edifícios estabelecem um jogo de reflexões entre ambientes ajardinados e construídos.
O aspecto fosco da grelha de madeira ao redor do edifício principal se interpõe com as superfícies polidas da academia e do refeitório.
Com um caráter contemporâneo, que evita excessos modestos, a escola francesa adota uma visão a longo prazo, mantendo abertas as possibilidades de desenvolvimento e novos usos.