- Ano: 2016
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Fotografias:Joel Tettamanti, Michel Denance
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Fabricantes: CYMISA, Mivelaz bois
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo campus do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausana (EPFL) se chama Artlab e consta de três programas: um pavilhão de Artes e Ciências, uma galeria de tecnologia e informação e o Montreux Jazz Café. As três caixas estão escondidas sob uma grande cobertura inclinada que se estende 235m. Entre cada caixa, desenhamos uma área de abertura que gera dois eixos. As duas linhas ajudam a ordenar o fluxo de pessoas e reorganizar todos os edifícios do campus.
Há um ditado japonês, "viver sob um mesmo teto", que significa que diferentes pessoas se juntam e se unem e o Artlab é exatamente a tradução arquitetônica desta expressão.
Para a estrutura e o exterior, utilizamos madeiras facilmente encontradas na Suíça a fim de criar um espaço com calidez local. Os pilares de madeira são revestidos com placas de metal em ambos os lados de modo que o espaço possa ser igualmente suave e transparente. A cobertura é feita de pedra e está baseada no método aplicado nas casas suíças. O teto se transfigura como um origami de acordo com a função de baixo, criando faces que respondem a luz e a sombra.
Descrição do projeto
O projeto está situado em um grande gramado, um vazio em meio ao campus EPFL. Desconectado no lado norte do campus (onde está a praça, o coração social do campus e a estação de VLT) da área residencial dos estudantes ao sul, também separa a densa parte oeste da atual zona leste que se articula ao redor do Centro de Aprendizagem que, apesar da sua impressionante presença, não foi capaz de organizar e se relacionar com o entorno até agora, se tornando residual e disfuncional.
O grande terreno do projeto nos permitiu localizar e configurar os pavilhões de muitas maneias. Finalmente, decidimos reunir os três pavilhões necessários em um edifício mais fino e comprido que, como um rastro intencional no território, transforma o local em um novo espaço público dentro do campus.
- A cobertura de 240m de comprimento proporcionará refúgio para rua pedonal desde a praça ao sul até as residências durante todo o dia;
- Os pórticos entre os pavilhões unificados sob o teto são conectados um com a rua principal desde o lado oeste onde estão as principais áreas de estacionamento público, e o outro ao novo caminho de árvores ao leste. Portanto, os pórticos proporcionarão permeabilidade através do edifício atraindo e conectado os lados oeste e leste do campus.
Ao transformar o terreno em um lugar onde estudantes, professores e visitantes passarão comodamente cada dia desfrutando das novas atividades que se desenvolverão sob este teto, estamos convencidos de que toda esta área se tornará um ponto essencial dentro do campus e trará uma dimensão mais social e cultural a EPFL.
Estrutura
A fim de emoldurar e proteger a vista ao lago desde a praça existente, o edifício permanece muito fino no seu extremo norte, aproximadamente 5m e sua seção se amplia até atingir 16m no seu extremo sul. Para resolver estruturalmente um edifício tão esbelto e que sempre muda de largura, desenvolvemos um novo tipo de solução estrutural que combina madeira e aço. A mudança da proporção da composição madeira/aço permitiu ter todos os 57 portais de estrutura (que são todos diferentes na sua luz estrutural) para ter a mesma seção exata em todo o edifício, modulando toda a envolvente do projeto e possível de ser pré-fabricada.
Fachada
Os beirais do edifício servem de abrigo para aqueles que caminham pela praça entre a Esplanda, o coração do campus e a moradia estudantil no sul. Devido aos beirais que protegem a parte superior da fachada, seu revestimento de madeira envelheceria de forma heterogênea em toda a superfície; portanto, a madeira foi pré-envelhecida para a fachada, já que possui uma boa resistência baseada na prática local. O tom cinza claro do revestimento de madeira pré-envelhecida, junto com a cobertura de ardósia cinza escura, confere uma presença bastante tranquila e sutil ao edifício, apesar do seu comprimento notável. Estes tons frios e cinzas dialogam com os de outros edifícios que rodeiam a praça e também com o clima geralmente nublado de Lausana. Somente quando nos aproximamos do edifício, nos abrigando sob sua cobertura, descobrimos a calidez do seu imenso teto de madeira.