Utopia/Distopia com curadoria de Pedro Gadanho, João Laia e Susana Ventura é a primeira “exposição-manifesto” no novo edifício do MAAT. Estabelecendo um diálogo com os projetos site-specific da Galeria Oval do museu, estas exposições coletivas apresentam obras de artistas e arquitetos que, nas respetivas áreas, têm contribuído para uma compreensão profunda e uma reflexão crítica sobre temas cruciais do presente. Evocando o 500.º aniversário da publicação da obra Utopia de Thomas More, a exposição centra-se nos conceitos de utopia e distopia e na forma como a dicotomia entre ambos reflete uma época de aceleração paradoxal, em que a ansiedade e o otimismo coexistem.
Artistas participantes:
Alexander Brodsky & Ilya Utkin, Mathis Altmann, Filipe Alves, Andreas Angelidakis, Archigram, Archizoom, Timo Arnall, åyr, Kader Attia, Pedro Bandeira, Pedro Barateiro, Olivo Barbieri, James Beckett, Berdaguer & Péjus, Alain Bublex, Jordi Colomer, Robert Darroll, Inês Dantas, Tacita Dean, DIS, Diogo Evangelista, Inci Eviner, Didier Faustino, Cao Fei, Ângela Ferreira, Yona Friedman, Cyprien Gaillard, Pierre-Jean Giloux, Clara Ianni, Renaud Jerez, Gonçalo Mabunda, Michael MacGarry, Luca Martinucci, Office em colaboração com / in collaboration with Dogma, Olalekan Jeyifous, OMA, Miguel Palma, Pedro Portugal, William Powhida, Tabor Robak, André Romão, Aldo Rossi, Jonas Staal, Beniamino Servino, Michael E. Smith, Superstudio, Ryan Trecartin, Nasan Tur, WAI Think Tank, Wolfgang Tillmans, Lebbeus Woods.
Ordem e Progresso – Hector Zamora | 22 março – 24 abril
Curadoria: Inês Grosso - MAAT: Galeria Oval
Ordem e Progresso é uma nova versão de uma performance-instalação que o artista mexicano Héctor Zamora (Ciudad de México, 1974) realizou em 2012 no Paseo de los Héroes Navales, em Lima, Peru, e, em 2016 no Palais de Tokyo, Paris. Nesta versão, destroços de barcos de pesca tradicionais portugueses, de diferentes regiões costeiras, ocupam temporariamente a Galeria Oval do MAAT. A exposição evoca a tradição marítima profundamente enraizada na identidade portuguesa, mas também a dimensão sociopolítica que tem caracterizado a prática artística de Zamora, neste caso, a ideia de promessa contida nas embarcações clandestinas que levam milhares de refugiados em perigosas travessias do mar Mediterrâneo. Esta apresentação integra a programação da Capital Ibero-americana da Cultura 2017 e da BoCA – Biennial of Contemporary Arts.
O Que Eu Sou | 22 março – 29 maio
Exposição com obras da Coleção de Arte Fundação EDP
Curadoria: Luiza Teixeira de Freitas e Inês Grosso -Central 2
Em O Que Eu Sou, a dimensão autobiográfica e autorreferencial da criação artística abre-se a novas perspetivas e leituras. Adotando o título de um poema de Teixeira de Pascoaes - publicado originalmente no livro Elegias, de 1912 - a exposição assume como tema central a relação entre a definição de self, o indivíduo em si, e as ideias de arte e vida, e as suas intersecções, na produção contemporânea, questionando as diversas ligações possíveis entre percursos biográficos e artísticos. Debruçando-se sobre conceitos como arte-na-vida e vida-na-arte, sobre os limites entre arte e vida e sobre o desejo – ou urgência – de os superar, a exposição apresenta uma seleção de obras e livros de artista, a partir da qual se compõe uma teia de encontros entre o real e a ficção. Com Helena Almeida, José Barrias, Sara Bichão, Mauro Cerqueira, Miguel Faro, Jorge Molder, Julião Sarmento, António Sena, João Queiroz, João Pedro Vale, entre outros.
EXPOSIÇÕES A DECORRER
Dimensões Variáveis – Artistas e Arquitetura | até 29 maio
Curadoria: Gregory Lang & Inês Grosso - Central 1
«Dimensões Variáveis» é um termo descritivo muito utilizado nas legendas de obras de arte, especialmente no campo da arte contemporânea, mas de uso raro no domínio da arquitetura, no qual as dimensões são construídas, logo definidas, por natureza. A exposição propõe um novo olhar e inventa novos diálogos sobre esta relação entre artistas e arquitetura. São mais de 60 obras de 52 artistas como Olafur Eliasson, Hans-Peter Feldmann, Isa Genzken, Pierre Huyghe, Gordon Matta-Clark, Rita McBride, Matt Mullican, Lawrence Weiner, Erwin Wurm, Julião Sarmento, John Baldessari, Pedro Cabrita Reis, Rui Toscano, Carlos Bunga entre outros.
José Maçãs de Carvalho. Arquivo e Democracia | até 24 abril
Curadoria: Ana Rito - Central: Cinzeiro 8
Arquivo e Democracia é um ensaio audiovisual que resulta de um conjunto de filmagens realizadas entre 2009 e 2011, em Central, o distrito financeiro de Hong Kong e, em 2012, nessa mesma área, junto ao Hong Kong and Shanghai Bank. A exposição desenvolve-se em torno de uma espécie de acontecimento protagonizado por uma comunidade de empregadas domésticas filipinas que se reúnem nas ruas do centro de Hong Kong, habitando-as como se de uma casa ou um quarto se tratassem, fazendo coincidir o espaço público com o espaço privado. As mulheres filipinas vivem em casa dos seus empregadores. Trabalham 6 dias por semana. Ao domingo, por ser dia de folga e porque não lhes permitem que permaneçam em casa, passam o dia na cidade, ocupando ruas e praças importantes do Central District, uma zona de comércio de luxo. As imagens revelam um confronto, mesmo que ingénuo, entre a escala desmedida e espetacular da arquitetura e a monumentalidade das milhares de mulheres filipinas que trabalham na cidade e que nela descansam, ao domingo.
Liquid Skin. Apichatpong Weerasethakul, Joaquim Sapinho | até 24 abril
Curadoria: Alexandre Melo
Central: Salas das Caldeiras
O século XXI, a relação entre artes plásticas e cinema é um tópico crucial dos debates culturais. Artistas que fazem filmes, cineastas que fazem exposições, filmes que são instalações, imagens que são esculturas. Criadores oriundos, por formação ou carreira, da área do cinema ou das artes plásticas trabalham, ao mesmo tempo, objetos e imagens, fixas ou em movimento, testando os limites mais avançados da imaginação e da liberdade — ou seja, da arte. Os filmes de Apichatpong Weerasethakul — como Blissfully Yours, O Tio Boonmee Que Se Lembra das Suas Vidas Anteriores (Palma de Ouro 2010, Cannes) ou Cemitério do esplendor — e de Joaquim Sapinho — Corte de Cabelo, Mulher Polícia ou Deste Lado da Ressurreição — produziram momentos únicos que ajudaram a redesenhar a paisagem visual de hoje.
Mais informações em www.maat.pt
Horário: Das 12h às 20h (encerra à terça feira e dias 1 de maio, 25 de dezembro e 1 de janeiro)
Preço:
Bilhete edifício MAAT: €5
Bilhete edifício Central: €5
Bilhete total (MAAT + Central): €9
Cartão de membro (acesso ilimitado às exposições): €20/ano
Title
MAAT Utopia/Distopia – Mudança de ParadigmaType
ExhibitionOrganizers
From
22 de Março de 2017 12:00 PMUntil
21 de Agosto de 2017 08:00 PMVenue
MAATAddress