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Arquitetos: Architecture Paradigm
- Área: 600 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Anand Jaju
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Fabricantes: Hansgrohe, Acor, Legrand / Bticino, Saint-Gobain, Toto
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este tipo de empreendimento em condomínios fechados ao longo das bordas das cidades oferecem pouca densidade e entorno verdejante como valores de estilo de vida de luxo. O terreno possui 929 m² e é repleto de árvores, onde uma casa com quatro quartos foi desenvolvida com base no respeito à vegetação existente para trazer uma sensação de pertencimento. O espaço central do terreno é ocupado por exemplares de jacarandá, mangueira, chikoo e de teca.
A intenção de mantê-las resultou na leitura do terreno como três espaços longitudinais. O espaço central com as árvores foi interpretado como um eixo aberto que auxilia a ancorar o projeto do terreno, com os demais elementos do programa dispostos ao longo desta espinha dorsal. Ao longo da extremidade leste estão as necessidades da família por espaços de caráter mais público, como estar e jantar. A outra extremidade é ocupada por ambientes mais privados, os quartos. Ambos estão conectados por um ambiente considerado o espaço da família com vistas para o eixo central.
Como resultado, o estacionamento, serviços e escritório estão acomodados abaixo das salas de estar e jantar. Um espaço multifuncional que é complementado por um bar está localizado abaixo dos dormitórios. Isso proporciona mais privacidade aos quartos e permite que o espaço multiuso no pavimento inferior se integre com a paisagem do entorno. Os quartos são direcionados ao eixo central através de varandas e janelas enquanto a circulação de acesso aos dormitórios é posicionada na extremidade exterior agindo como espaço de transição e diminuindo o sol do oeste.
A varanda sobre o estar e jantar é projetada como um jardim, com vegetação plantada compondo com a copa das árvores do entorno para acomodar o spa. O espaço de conexão visto como um pavilhão entre duas barras expressa as intenções do projeto. O pavilhão contém um espelho d'água escuro que reflete as mangueiras e o céu de um lado, enquanto o outro lado abriga um deck sob a sombra dos jacarandás.
Cada uma das árvores ao longo do eixo dorsal recebe uma identidade, que dita a organização espacial e a manipulação das superfícies e níveis. Materiais como pedra, madeira e superfícies pintadas de branco são utilizadas para expressar os diferentes volumes e planos que complementam a vegetação do entorno. A madeira é utilizada como camada de proteção que envolve os volumes para filtrar a luz e proporcionar privacidade, a pedra e as superfícies pintadas de branco se tornam superfícies animadas como resultado do jogo de luz e sombra filtradas pelas árvores, numa reflexão do terreno e do ambiente de entorno.