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Arquitetos: NOZ Arquitectura
- Área: 860 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG, Marcus Quelhas
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Fabricantes: Cerâmica Vale da Gândara, Cinca, Tarkett
Descrição enviada pela equipe de projeto. A intervenção consistiu na recuperação e reconversão do edifício existente e
construção de um novo edifício, adjacente, de modo a receber os novos espaços definidos pelo programa. Pretendeu-se manter uma leitura plena do edifício existente e a opção de construir em altura permitiu abranger todo o programa minimizando o impacto na área de recreio disponível.
A construção da Escola da Murteira integrou o “Plano dos Centenários”, que entre 1941 e 1974 desenvolveu o plano geral para construção da rede escolar de ensino primário do país, fazendo parte de um conjunto de projetos-tipo regionalizados, adaptados à arquitetura da região.
A ampliação foi concebida com uma linguagem marcadamente moderna sem contudo se sobrepor à arquitetura existente.
No piso térreo da nova construção localizam-se todas as áreas de apoio como as instalações sanitárias e a cozinha, sala de aula e sala de professores. O piso superior alberga três das novas salas, todas com ligação direta para o exterior.
No edifício existente as salas de aula foram convertidas para sala de Jardim de Infância. O alpendre original, agora localizado centralmente a todo o conjunto, serve de transição entre as salas existentes e a ampliação, tornando-se um espaço central de distribuição e funcionando como espaço coberto para diversas atividades.
Os espaços exteriores foram profundamente requalificados. Nos recreios existem jogos de pavimentos, equipamentos infantis, adaptados à várias faixas etárias, um espaço para jogos de bola, novas árvores para sombreamento e ainda uma pequena horta pedagógica.
Na ampliação, foi aplicado tijolo & face-à-vista; em panos de diversas cores separados por perfis metálicos transmitindo a ideia de uma estante de livros. Foram assentes tijolos de diferentes alturas obtendo um subtil variação da textura da superfície.
A nova construção contempla vãos de grandes dimensões, e claraboias, permitindo a ventilação cruzada dos espaços interiores e o aproveitamento da luz natural. A utilização de envidraçados de alto desempenho permitiu manter o equilíbrio da temperatura interior, dispensando a utilização de ar-condicionado para arrefecimento do espaço.