-
Arquitetos: TALLER25
- Área: 220 m²
- Ano: 2015
-
Fotografias:Yair Estay
-
Fabricantes: Proveedores locales
“A singularidade desses processos nos novos entornos urbanos do sul do país, reside no fato de que a Arquitetura Moderna não se reproduz em forma ortodoxa, tal qual sua fonte origina, mas é reinterpretada, crivada pela cultura local. Os modelos originais, protótipos do modernismo emergente são reelaborados pela mão-de-obra local, com materiais locais, utilizando especialistas no trabalho de madeira, material tradicional da zona sul do país".
TALLER25: o requerimento se desenvolve em uma constante pesquisa e busca de experimentação no desenho, construção e gestão.
O projeto consiste em uma moradia unifamiliar onde se determinam aspectos de relevância no habitar da família:
1. Espaços Abertos (expostos)
2. Visibilidade da Paisagem e Configuração da Localização (360°)
Com estas premissas e um território-paisagem o qual se deveria enfrentar de maneira estratégica, são propostos dois volumes conectados. Um que considera o suporte habitacional e o segundo os espaços comuns, desta maneira, vinculamos os programas em cada volume. O elemento habitacional se divide em dois níveis diferentemente do volume de espaços comuns, que possui pé-direito duplo e sem divisões (um espaço contínuo em total exposição), deixando totalmente expostas as fachadas interiores do volume habitacional.
Ambos volumes são dotados de aberturas em todas suas fachadas para incorporar a luz natural e a busca pelas diferentes paisagem em todas suas direções.
A residência é composta por uma trama de pilotis (maciços de madeira) que suporta estes volumes. Desta maneira, conseguimos ter maior domínio da paisagem e melhor comportamento térmico (ventilação cruzada).
Estes volumes estão envoltos por mirantes (corredores exteriores) em dois níveis que propõem um percurso fluído por todo o perímetro da moradia, o qual gera diferentes enquadramentos da paisagem.
A materialidade foi determinada segundo a disponibilidade que oferecia o local, este fato nos conduziu ao encontro da madeira em todas suas possibilidades de uso. Combinando madeiras nativas e convencionais (serrarias locais) em estruturas e revestimentos.
O projeto foi executado com a mão-de-obra local onde se priorizou a competência do carpinteiro e seu trabalho com o material, desta maneira, projetou-se a obra em comunhão com o desenho arquitetônico e os processos construtivos locais.