- Área: 370 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Peter Bennetts, Sean Fennessy, Peta Michaelides
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Fabricantes: Oxley Nets, Remax
Descrição enviada pela equipe de projeto. Você sempre desejou…?
2016 NGV Comissão de Arquitetura: M@ STUDIO Architects
Você desejou correr no meio de toda aquela espuma das máquinas automáticas de lavar carros? Você faria isso se não houvesse outro carro esperando?
O projeto intitulado "Você sempre desejou ...?" é um pavilhão temporário e foi o vencedor de um concurso nacional em duas fases realizada em 2016 pela National Gallery of Victoria (NGV). A primeira fase do julgamento foi anônima e recebeu 93 propostas, com cinco arquitetos selecionados para prosseguir à segunda fase. O edital do concurso pediu que os arquitetos "considerassem maneiras inovadoras de ativar um dos grandes espaços cívicos de Melbourne, o Grollo Equiset Garden, com um trabalho de arquitetura efêmera que provocasse reflexões.
"Você sempre desejou ...?" é sobre imaginar uma possibilidade e sobre a exuberância do sentir. O pavilhão é um experimento conduzido por dois longos projetos de pesquisa desenvolvidos no curso de Arquitetura da RMIT, "Realismo Suburbano", liderado por Dean Boothroyd e Mark Jacques, que explora novos modelos para a expressão do cívico através do desenho urbano nos futuros subúrbios de Melbourne e ideias em torno da "desmaterialização" e do "objeto incerto", liderado por Vivian Mitsogianni. O projeto reúne essas idéias com a ambição de ver as possibilidades que surgem, com um foco tanto nas ideias quanto na qualidade da experiência resultante.
O projeto pergunta uma série de "e se"? E se a escala dos subúrbios se materializasse no pátio da NGV? Neste caso, uma lavagem de carro suburbana é transplantado em escala 1:1, como tipologia no contexto da cidade. E, então, há uma transformação material ou "não material" - tornando-se fantasmagórica - mas apenas algumas vezes e apenas de alguns pontos de vista. Então isso é uma loucura no jardim? Ou será isso o que os subúrbios pareceriam se, por algum motivo, as ruas fossem cobertas de grama? Ao invés de fornecer um objeto no jardim que possa ser claramente compreendido a partir de um ponto de vista, exploramos o "objeto incerto", que pode ser compreendido de maneiras diferentes dependendo de onde é visto, e que contém vários efeitos imersivos. Pavilhões geralmente ficam vazios quando não são programados. Neste projeto há um convite para participar e interagir. Você passa a querer se movimentar porque ele constantemente muda dependendo de onde você está. Queríamos criar momentos em que você acharia que sabia o que era o projeto e, então, encontraria algo inesperado ou surpreendente, o que significaria que as coisas não faziam muito sentido e, por isso, poderiam parecer familiares, mas também de outro mundo e estranhas.
Materiais banais, familiares e prontamente disponíveis são usados e reconfigurados como "ornamento saturado". Cada parede é composta por quatro camadas de rede de críquete, com os padrões ligeiramente mudando ao passar por eles, constantemente escondendo ou revelando. O objeto oscila de altamente permeável em alguns pontos (onde as paredes parecem desaparecer e você vê através do teto e paredes), a cada vez mais denso e sólido em outros pontos, como quando as redes se sobrepõem em seu campo visual. A incerteza da superfície é potencializada pela névoa que aparece periodicamente em uma das baias.
No pavilhão, uma saturação de diferentes condições podem coexistir oferecendo um estado curioso que não faz absolutamente nenhum sentido. Ele pergunta "e se ...?". E se a escala dos subúrbios pousasse no pátio da NGV? E se a arquitetura pudesse se desmaterializar? Como parece uma condição incerta? Como nos sentimos em relação a ela? Que alegria podemos tirar de uma abundância de camadas sobrepostas, redes de críquete, névoa, permeabilidade visual e efeitos visuais fantasmagóricos? E se as ruas fossem feitas de grama sintética rosa? E se você estivesse dentro de um lugar parecido com uma gruta vermelha translúcida? E se a arquitetura tremesse ligeiramente ao vento?
A equipe da M @ STUDIO foi composta pelos Diretores Professores Vivian Mitsogianni (Chefe do Departamento de Arquitetura e Desenho Urbano, RMIT) e Dean Boothroyd (diretor da NH Architecture e Professor de Arquitetura da RMIT), pelo Professor Mark Jacques (Professor de Arquitetura - Urbanismo), por Karla Martinez e Cameron Newnham (Professores Associados de Arquitetura da RMIT), os graduados em arquitetura da RMIT, Thomas Sheehan e Luke Tuckman, e os estudantes de arquitetura Kerry Kounnapis e Leona Dusa-novic. "É uma parceria entre profissionais de arquitetura, estudantes da RMIT, graduados, pesquisadores e pessoal da indústria que queriam experimentar e testar ideias em conjunto", disse Mitsogianni.