- Área: 36764 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Daniel Ducci
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Fabricantes: Agrotexas, Doka, Euromarble Mármores e Granitos, Itefal, Miaki Estrutura Metálica, Miaki Revestimentos, N.didini, Quartzopel, Remaster, Unicom., thyssenkrupp
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Praça Pamplona é um projeto peculiar pois, ainda que contenha o restauro de uma residência eclética paulistana, já com traços modernos no que tange à técnica construtiva, executado entre os anos 30 e 40, não é ele o centro maior dessa intervenção pelo valor intrínseco à edificação e, sim, o modo como a sua preservação determinou todo o desenvolvimento arquitetônico do conjunto, da implantação à configuração plástica de cada um de seus edifícios.
Originalmente isolada em uma ampla área com mais de 6.000 m2, o casarão teve vida curta enquanto residência passando, ao final dos anos 50, a ser ocupado pelo Instituto de Física Teórica, uma fundação destinada à pesquisa, que ali edificou, sem qualquer critério norteador, um conjunto de edificações de pouca expressão.
O que se propõe o projeto, neste momento, é a introdução de uma torre comercial de proporções significativas – 18000m2- associando-a ao redesenho do próprio conceito desse centro de pesquisa científica e à edificação preservada tendo como meta fundamental dois objetivos maiores: unidade, integração entre seus segmentos e equilíbrio do conjunto.
Enfatizando o acesso originalmente existente, o projeto define um longo eixo de penetração na área que, ao mesmo tempo em que permite a integração dos segmentos dissociados do lote, articula as vias urbanas que o delimitam, Ruas Silvia e Pamplona articulando, também, em seu trajeto, o conjunto de edificações a serem implantadas e os espaços abertos. Trata-se de um traçado ordenador de grande importância para estruturação geral do novo ambiente.
O Centro de Pesquisa ocupa o coração do lote delimitando os espaços abertos ali existentes. Junto à lateral direita em cota já rebaixada em relação ao acesso principal e à cota de implantação da residência preexistente e, com apenas 3 pavimentos, opera como plano plasticamente significativo na escala da praça.
Já o teatro foi implantado em uma reentrância do lote em situação de independência em relação a todas as demais edificações, sua expressão se dá, essencialmente, a partir das praças centrais.
Por suas características formais diferenciadas tende a atrair para si a percepção plástica na área central do lote sem, no entanto, estabelecer qualquer vínculo formal com a edificação preexistente. Como colocado acima, relaciona-se, diretamente, com o Centro de Pesquisa no plano inferior definido pela praça rebaixada.