- Área: 145 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Pascal Leopold
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Fabricantes: Bordelet, Cassina, Emu, Pierri
Localização - História - Projeto
Esta residência está localizada em uma antiga pedreira de granito ao longo da costa de Breton. À princípio, os futuros habitantes queriam uma casa térrea, discreta, que entregasse uma vista panorâmica do mar, fixando seu objetivo no paisagismo de estilo bretão, definido pela presença de múltiplas varandas.
A casa será habitada por um casal que começa um novo capítulo de sua vida depois de criar seus três filhos.
Conceito
O conceito por trás desse projeto poderia ser resumido como "viver sem ser visto". Aproveitando um longo panorama, mas, ao mesmo tempo, permanecendo totalmente integrado à paisagem.
Com esse objetivo, a residência foi desenhada ao redor de uma magnífica vista do mar, integrando-se perfeitamente a seu entorno. A casa se constrói discretamente no alto da única colina da antiga pedreira de granito - um mirante escondido atrás de quatro ciprestes, criteriosamente conservados e podados para deixar vaguear os olhos.
As paredes de concreto bruto foram pintadas de preto e manchadas para dar um aspecto perturbado e as grandes janelas refletem a paisagem, o que contribui para a integração da casa com a mesma. De fato, o uso do concreto bruto, preto, que absorve ao invés de refletir a luz, é o que torna possível o efeito discreto desejado. Como resultado, a vista não se sente atraída pela casa, que parece desaparecer na vegetação ao redor.
O projeto de uma casa alongada, de um único pavimento, com cobertura plana seguindo a topografia e a paisagem, também utiliza a vegetação existente como um leve véu, o que contribui para o efeito discreto.
De um ambiente a outro o enquadramento muda, brincando com o horizonte, o mar, e a vegetação presentes no lote, aproveitando os quatro majestosos e magníficos ciprestes altos. Há três alpendres projetados para encaixar perfeitamente com a casa, permitindo interagir, tanto dentro, quanto fora. Eles mantêm o contato com o entorno externo a partir do interior da residência, e permitem seguir o curso do sol durante todo o dia (à leste, o amanhecer, ao sul o dia, e, à oeste, o entardecer).
Paisagem
No jardim, optou-se por manter as quatro árvores que já estavam na propriedade. Elas foram podadas em um estilho de silhueta japonesa para não obstruir a visão, enquanto que preservam a história desse terreno. Da mesma forma, a ideia era manter as rochas extraídas durante a escavação, com o objetivo de manter o jardim o mais próximo possível de seu estado natural. Assim, o paisagismo na casa foi todo pensado com espécies locais presentes no ecossistema bretão (tojo, vassoura, urze, etc.). Os limites da propriedade foram demarcados com uma cerca (de madeira e metal galvanizado), sempre presente na costa bretã.
Descrição do produto. As paredes de concreto bruto foram pintadas de preto e manchadas para dar um aspecto perturbado e as grandes janelas refletem a paisagem, o que contribui para a integração da casa com a mesma. De fato, o uso do concreto bruto, preto, que absorve ao invés de refletir a luz, é o que torna possível o efeito discreto desejado. Como resultado, a vista não se sente atraída pela casa, que parece desaparecer na vegetação ao redor.