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Arquitetos: Alberto Campo Baeza
- Área: 9000 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Javier Callejas
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Fabricantes: Ecophon
Descrição enviada pela equipe de projeto. Projetam-se um pavilhão poliesportivo e um edifício com salas de aula no campus da Universidade Francisco de Vitoria, em Pozuelo (Madri). A edificação inclui pistas esportivas, salas multiuso, academia, piscina, fisioterapia, etc. O espaço poliesportivo também admite a função de uma grande sala multiuso e de reunião relacionada com atividades de caráter universitário.
O projeto trata-se de um edifício sóbrio que volumetricamente se adapta a ordenação geral do campus em relação às alturas máximas e alinhamentos. Propõe-se uma diferenciação clara quanto volume e material da fachada entre o uso esportivo e o docente. Assim, a peça principal do projeto é uma grande caixa de luz translúcida de 60x50x12 m que pode se relacionar espacialmente com a praça central do campus.
São construídas duas caixas limpas e bem definidas conectadas por um volume baixo cuja cobertura se estabelece como pátio exterior de interação.
O pavilhão poliesportivo é projetado como uma peça leve, com fechamento de vidro translúcido e painel de concreto GRC em contraposição com as peças mais fechadas do edifício de salas de aula. No volume esportivo são valorizadas e diferenciadas as orientações de forma que as fachadas do diedro sul, mais expostas a luz solar, são fechadas com painel pré-fabricado de concreto enquanto as do diedro norte são resolvidas em vidro translúcido. Na fachada sudoeste abre-se uma faixa baixa em vidro transparante para potencializar a relação com a praça central do campus. Este mecanismo de transparência é repetido na fachada nordeste no pátio alto. Propõe-se, portanto, uma relação visual entre a praça e a pista poliesportiva, deixando a fachada sudoeste do edifício como pano de fundo para o conjunto.
A estrutura do pavilhão é construída em aço: uma grelha de pilares e vigas em fachadas e treliças resolve a cobertura. Pintada inteiramente de branco, o resto da estrutura de concreto armado é reforçada pela a singularidade das vigas sobre o espaço da piscina no subsolo.
O resultado é um edifício de grande sobriedade e contenção formal.