- Área: 215 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Jeremías Thomas
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Fabricantes: Bulla, Ing. Pedro Gea, Issei, Las Marinas, Perfiles y Servicios
Descrição enviada pela equipe de projeto. A residência MeMo, implantada em um terreno em San Isidro, zona norte da província de Buenos Aires, Argentina, surge com a premissa de uma cliente apaixonada por paisagismo com forte convicção sobre sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente em realizar um projeto em um terreno entre empenas reduzindo ao máximo a perda de espaços verdes na construção da moradia.
Diante desse requerimento propomos construir a arquitetura e paisagem de forma simultânea. Os metros quadrados da projeção da edificação se tornam jardins em três dimensões, vinculando através do mesmo todos os pavimentos.
O desenho morfológico nasce da decisão de aproveitar os metros quadrados do solo vegetal por um lado e gerar uma entrada de luz através de um pátio por se tratar de um terreno entre empenas. Diante dessa disposição cria-se um jogo topográfico por meio de um sistema de rampas verdes que conectam o nível zero como primeiro pavimento e a cobertura, criando um contínuo terraço jardim.
MeMo é um projeto onde o percurso arquitetônico assume um papel decisivo levando em conta o usuário habitual e ocasional criando um espetáculo, não somente uma imagem fixa mas uma série de imagens que se sobrepõem onde cada quadro da cena foi pensado.
Concebemos a sustentabilidade do projeto como um caminho e não como uma meta, levando em conta as normas LEED como base e incorporando a durabilidade e a economia, conceitos que para nós são fundamentais em nossas obras de arquitetura, satisfazendo desta forma as necessidades das gerações presentes sem comprometer as possibilidades das futuras, de forma tal que se reduz de maneira significativa o impacto sobre o meio-ambiente e seus habitantes.
Primeiramente, abordamos o caminho da sustentabilidade através da escolha de um terreno sustentável onde a proprietária pode se deslocar a pé ou em bicicleta para a maioria das suas atividades; assim como através da utilização da vegetação nativa em seus jardins e coberturas, restaurando a paisagem natural e reduzindo o efluente pluvial.
Desta forma, iniciamos o desenho com postura ambiental, prestando atenção na implantação no terreno, sua orientação, a morfologia do volume construído a respeito do percurso do sol e sua incidência nos espaços para aproveitar sua energia, a localização estratégica de vegetação nativa e a escolha dos materiais isolantes da envolvente arquitetônica.
Uma vez que determinamos a volumetria da edificação, começamos com intervenções mais pontuais. Primeiro com o uso eficiente da água por meio da tecnologia eficaz na coleta de águas pluviais para a irrigação das espécies nativas as quais têm um requerimento mínimo de hidratação.
A respeito da eficiência energética dispomos painéis solares para o fornecimento de energia elétrica, assim como para a climatização. Adicionamos, ainda, a correta ventilação utilizando vidros com DVH aumentando o isolamento térmico. Ambas medidas adotadas nos permitem reduzir o consumo de energia.