- Área: 370 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Marcelo Donadussi
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Fabricantes: Cosentino, Hunter Douglas, Duratex, Neocom, Stela
Descrição enviada pela equipe de projeto. O complexo da saúde da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS – é um ambiente dinâmico, formado a partir da implantação de diversas infraestruturas públicas ao longo das últimas quatro décadas. Localizado na margem direita do arroio dilúvio, em Porto Alegre, sua enorme área física está limitada a norte pelo jardim Botânico da cidade e a sul pelo campi da universidade. Cerca de 15mil pessoas buscam assistência diariamente no complexo, gerando demandas diretas – assistência à saúde – e indiretas – estacionamento, alimentação, segurança, etc. A necessidade de um controle de acesso ao hospital e de acolhimento daqueles que esperam atendimento eram carências históricas.
O projeto, portanto ataca exatamente estas deficiências, buscando através de duas intervenções pontuais, atuar quase que cirurgicamente em benefício de todo o complexo. Por um lado buscou-se remodelar o acesso principal do hospital, e por outro a construção de uma nova edificação, destinada ao acolhimento do público externo.
A proposta para o Novo Acesso Principal levou em conta a desatualização da estrutura existente, tanto em escala como em representatividade. Para isso, uma nave de cerca de 170m2 e pé-direito duplo foi inserida em uma área confinada entre edificações pré-existentes, criando um generoso espaço de recepção. Esta operação permitiu trazer a porta de ingresso 25 metros para frente, de modo que possa interagir com o espaço público junto as vias de transito de veículos e passeios de pedestres.
Paralelamente existia a demanda de acolhimento daqueles usuários que vinham de fora da cidade. Muitos deles se acumulavam nas calçadas em frente ao acesso, sentados nas muretas dos canteiros, onde simplesmente aguardavam o atendimento ou o transporte de volta para casa. O projeto previu a implantação de um Centro de Bem Estar, com a função similar a de um equipamento público, capaz de oferecer serviços básicos para o acolhimento dos usuários: sanitários, áreas de estar internas e externas, e uma cafeteria. Formalmente o projeto pode ser definido como uma caixa de base retangular de um pavimento de altura que ocupa uma área sombreada, afastada 8m de uma linha de pinheiros, permitindo que o espaço entre ambos fosse ocupado por um jardim.
Devido a importância da variável tempo na construção dos projetos, a estrutura em aço se mostrou a melhor alternativa. Os desafios de se construir em um ambiente hospitalar, principalmente no caso do acesso, exigiu grande velocidade das obras, buscando minimizar os transtornos aos usuários. Ambos os projetos têm no aço o principal material de suas estruturas de suporte, com soluções em pórticos repetidos linearmente e obedecendo rigorosamente a modulação das plantas baixas. Os fechamentos são em vidro, quando da necessidade de transparência ou acesso, e em chapas metálicas dobradas, quando opacos.