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Arquitetos: ARKPABI | GIORGIO PALU’ E MICHELE BIANCHI ARCHITETTI; ARKPABI | GIORGIO PALU’ E MICHELE BIANCHI ARCHITETTI
- Área: 5 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Roland Halbe
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Fabricantes: CMS – Costruzioni metalliche sospiresi, COEMAR, Caloi, Euphon, Goppion, Immobiliare Raffaella, Ori & Bonetti, Risam for Show, Steel Group s.r.l., Tino Sana, Viabizzuno, Zumtobel
Descrição enviada pela equipe de projeto. Concebido como uma forma de expressar a beleza dos instrumentos, o Auditório surge para representar a grande tradição musical, mas também para enfrentar o futuro da música. O resultado é um projeto fluido feito de volumes suaves, linhas sinuosas perseguindo uma às outras e desenhando uma grande escultura orgânica que expressa a propagação das ondas sonoras.
Um projeto paralelo: arquitetura e som, revelando uma sequência de formas, volumes e visuais: o ponto focal é o palco central, para onde vai imediatamente toda a atenção. Uma importante escolha acústica e arquitetônica que consolida todas as visuais, quase fazendo uma referência ao teatro Weimar. O som se origina no palco circular no nível inferior do grande salão, um espaço que atua como um ímã para o público, trazendo toda a atenção para o evento musical e tornando sua imagem totalmente central. O público é "envolvido" pelos músicos, o diálogo que é criado entre eles produz um forte impacto emocional e permite uma nova experiência que vai além do conceito clássico de concerto.
A arquitetura é feita para despertar emoções, mas a acústica, estudada pelo engenheiro acústico Yasuhisa Toyota, também se tornou um ponto forte do auditório. A arquitetura tenta "capturar" o som para traduzi-lo em uma imagem; a música, de natureza efêmera, torna-se substância: permanente e efêmera em um diálogo atemporal num lugar que celebra os instrumentos de cordas.
Há fluidez e organicidade dos espaços arquitetônicos; o material vivo e vibrante moldado seguindo linhas curvas contrasta com a definição regular e estéril da sala retangular que abriga o Auditório, como uma caixa que ao se abrir revela suas surpresas. Uma ideia básica: construir paralelamente uma identidade entre som e arquitetura, num espaço que parece cristalizar as ondas sonoras.
Um palácio de muitas surpresas e maravilhas: mecanismos em uma arquitetura que é construída unindo a suavidade e a plenitude dos materiais, definidos nas concatenações fluidas dos espaços destacando curvas abertas e fechadas que fazem as superfícies vibrarem e girarem; uma arquitetura que reside em vistas abertas e vislumbres, concentração e essência inventiva.