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Arquitetos: GAPP, John Cooper Architecture, Ruben Reddy Architects, Sheppard Robson
- Área: 29 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Tristan McLaren
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Fabricantes: Combined Ceilings And Partitions, Edison Power Gauteng, Genstar Lighting, Giant Lighting, Govenders Aluminium And Glass, Hutz Medical, Life Landscapes, Lighting Innovations, Regent, Rhino Civils, Spiral Engineering, Tri-Star Painting And Renovations, Truestyle Hard Landscaping Solutions
Descrição enviada pela equipe de projeto. Os escritórios britânicos de arquitetura Sheppard Robson e John Cooper Architecture (JCA) trabalharam em conjunto em 2009 para ganhar um concurso internacional de projeto para o novo Hospital Infantil Nelson Mandela, em Joanesburgo. A instalação empregará 150 médicos pediatras e 450 enfermeiros.
Sheppard Robson e JCA, responsáveis pelo projeto conceitual do hospital, tiveram o apoio dos escritórios locais GAPP e Ruben Reddy. A GAPP Architects & Urban Designers foi responsável pelo desenvolvimento da fachada e dos espaços públicos dentro do hospital, enquanto a Ruben Reddy Architects era a líder local com arquitetos residentes e um escopo que incluía o desenvolvimento do projeto das instalações clínicas e operacionais do edifício e a coordenação geral.
A equipe reuniu especialistas com experiência e conhecimento local para conceber a visão do novo hospital, que focou na criação de uma instalação terciária pediátrica moderna e de ponta no campus da Universidade de Witwatersrand em Parktown, Joanesburgo - uma localização central que lhe permite atender às necessidades da população da região.
A instalações apresentam 200 leitos, auditório, com diagnósticos avançados e plano de expansão futura para 300 leitos. O hospital operará em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de Witwatersrand como sua base primária e se integrará com todas as instituições de treinamento médico da região.
O hospital inclui instalações especializadas para o tratamento de doenças cardiovasculares, neurológicas, hematológicas, oncológicas, endócrinas, metabólicas e renais. O projeto também apresenta instalações para cirurgia pediátrica, ao mesmo tempo em que apoia a pesquisa acadêmica pediátrica e o treinamento.
Um elemento-chave do briefing foi a construção de um hospital que oferecesse tratamento de saúde infantil de alta qualidade em um ambiente natural de cura. Este foco na conexão com a natureza moldou a forma do projeto e foi um ponto de partida para a criação de ambientes acolhedores e seguros para as crianças e seus pais.
O premiado projeto não abrigou todos os departamentos em um único edifício "caixa", o que muitas vezes resulta em plantas muito profundas onde os pacientes e a equipe têm pouco contato com o mundo exterior. Após uma extensa pesquisa, ficou claro que os corredores compridos, institucionais e sem janelas devem ser evitados, em favor de uma planta que se conecte ao ambiente natural.
O conceito de Sheppard Robson e JCA girava em torno da criação de seis alas, cada uma com sua própria especialidade. Estes foram conectados por uma "rua" que atravessa o centro do projeto. Esta "rua" foi essencial para a conectividade, com três pontos de encontro principais que favorecem um fluxo eficiente de pessoas. A separação dos andares evitou cruzamentos indesejados e a necessidade de uma orientação assistida.
Ao dividir o volume do edifício em seis elementos, o projeto apresenta uma escala humana e reconhecível que é reconfortante e familiar para as crianças. Além disso, afastando-se do caráter institucional, cada ala tem torções sutis da linguagem projetual comum para dar-lhe uma identidade distinta;por exemplo, a cor das paredes com brises horizontais mudam a cada departamento, e são sempre vibrantes.
Esta composição aumentou o comprimento do perímetro do edifício e criou plantas pouco profundas. Isso resultou em mais luz mais natural para a edificação, colocando muitos espaços de tratamento próximos às janelas, que aproveitaram as vistas para a paisagem circundante, bem como para os pátios internos criados entre as alas dos hospitais.
Como espaços que convidam à contemplação, os cinco pátios internos e os três jardins externos de terapia foram projetados para terapia ocupacional e brincadeiras infantis. A paisagem é predominantemente nativa, com espécies de plantas encontradas na Reserva Natural Melville Koppies, localizada nas proximidades. Os espaços externos foram criados com a cura em mente, e o projeto incentiva os pacientes a usarem os espaços ao ar livre como parte de sua recuperação.
As enfermarias foram posicionadas no segundo andar das alas para maximizar as visuais, enquanto as instalações de cuidados intensivos mais ocupadas estão localizadas em espaços mais privados nos níveis inferiores.