- Área: 2000 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Mario Lensi , Stefano Zanardi
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Fabricantes: Carlo Gramegna, Edilsavy snc, Pitardi Cavamonti srl, RUBNER
Descrição enviada pela equipe de projeto. A ideia básica do projeto é criar um conjunto que consiste em um espaço de estúdio que tenha o potencial de evoluir gradualmente em um organismo mais complexo; um centro de arte contemporânea que possa receber exposições e performances diretamente relacionadas ao território e sua especificidade, com grande atenção para as academias de arte em contato aproximado aos escritórios locais.
Uma passagem formada por uma parede-cerca rodeia e interage com os volumes essenciais de um estúdio marcando os espaços vazios, espaços para arte.
Trabalhados a partir da subtração e escavação dos perfis originais da colina, os espaços de estúdio se revelam gradualmente com a emoção do descobrimento, onde a luz natural desenha cenários mutáveis e em constante relação com a paisagem circundante. A passagem composta pela parede-cerca é configurada como consequência, não como elemento antagônico à paisagem ao integrar-se com o ambiente do entorno através de um diálogo de materiais e transparências. Com o objetivo de visualizar as obras de arte expostas de diferentes pontos de vista e alturas, o projeto começa a partir de uma rampa, que com sua suave inclinação espiral, energiza e conecta todos os espaços ao ar livre, penetra o corpo principal, envolve as amplas varandas e, finalmente, desce pela encosta para transformar-se em um caminho subterrâneo para apoiar a futura expansão espacial que se espera ser inteiramente escavada na colina. Trata-se de uma arquitetura botânica que seguirá o ciclo de degradação da cana, que se mistura com a terra local que cobre sua superfície, suporte ideal para o crescimento de vegetação que gradualmente a substituirá. Folhas de flores e frutas, por que não? Uma pele viva nunca igual no tempo.
A arquitetura renuncia voluntariamente a permanência em um estado imutável no tempo, mas sempre da mais espaço à vegetação, ajustando-se para ser invadida.
O projeto por sua vocação presta grande atenção aos materiais e à utilização de critérios de sustentabilidade, particularmente desenhado para utilizar a madeira como material da estrutura principal e parte do revestimento externo. Pedra, fibras naturais, cal e cerâmica para outros revestimentos externos.