- Área: 12400 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG, Daniel Malhão
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Fabricantes: ABBClima, Altro, Bega, Bluwaters, Branca Lisboa, CIN, CLIMAR, Corims, FN – HOTELARIA, Figueras, Gabelex, Grohe, Horácio Costa, Komat, Kone, Letratec, Linha da Vizinha, Pavieste, Porseg, Primus Vitória, +11
Descrição enviada pela equipe de projeto. As novas instalações da Federação Portuguesa de Futebol, designadas por Cidade do Futebol, resultam da decisão de reunir num único recinto todas as atividades daquela instituição, nomeadamente, a sua sede, o centro logístico e o novo centro técnico de futebol, destinado aos estágios e ao trabalho das dezassete seleções nacionais. A Cidade do Futebol localiza-se no Complexo Desportivo Nacional do Jamor, a oeste do Estádio Nacional, numa parcela com cerca de 7ha, rodeada de importantes vias de acesso à cidade de Lisboa. O terreno tem cerca de 370m de comprimento (no sentido norte / Sul) e 220m de largura (no sentido nascente / poente) e um desnível apreciável entre os extremos mais afastados (cerca de 20m), o que dificultou a implantação dos campos de jogos.
O concurso lançado pela Federação Portuguesa de Futebol previa a construção de três campos de futebol e um campo de treino para guarda-redes e “apontava” para a construção de três edifícios independentes – sede, centro técnico de futebol e centro logístico – articulados entre si por um quarto edifício, designado por Núcleo Central. Em vez de propor quatro edifícios autônomos, desenhamos uma solução “compacta” que permitiu resolver, simultaneamente, a organização do programa, os acessos diferenciados e a segregação dos espaços exteriores; e ainda distinguir as várias partes do complexo, dando destaque à Sede da Federação Portuguesa de Futebol.
Esta solução, dita “compacta”, por ter menos fachadas, menos circulações, menos equipamento eléctrico e mecânico, permitiu reduzir os custos com a construção e com a exploração do complexo, e permitiu libertar mais espaço no exterior, valorizando a aproximação ao edifício e potenciando o carácter representativo da instituição. O footprint do edifício conforma um “T” que organiza duas “praças”: a primeira, pública, próxima da entrada, à cota baixa (60.00); e a segunda, de trabalho, no extremo norte do recinto, à cota do campo de treino principal (64.00), reservada a jogadores e funcionários.Visualmente, o edifício distingue-se pelo contraste entre os pisos inferiores (0 e 1) e os pisos superiores (2 e 3), sendo os primeiros pensados como um prolongamento dos muros de pedra que socalcam o terreno e os segundos desenhados de uma forma mais convencional, com recurso a vidro e painéis cerâmicos, intercalados por elementos horizontais em betão à vista.
No desenvolvimento do projeto estiveram sempre presentes dois objetivos fundamentais: desenhar um local de trabalho onde jogadores, técnicos, colaboradores e dirigentes preparam compenetradamente exigentes missões; e organizar um recinto onde jornalistas, público e vip’s possam contactar com as seleções e jogadores em pontos concretos e apenas quando o selecionador e a equipa técnica o entenderem.