- Área: 17366 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Hans-Georg Esch, Marcus Bredt, Kunsthalle Mannheim / Lukac Diehl
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Fabricantes: Haufe, RENTEX
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo edifício do museu de Friedrichsplatz em Mannheim conecta-se com o edifício Art Nouveau existente, o chamado "Billing", e foi desenhado como uma "cidade na cidade". Dentro de uma estrutura geral simples foram organizados cubos individuais em uma composição inspiradora para proporcionar espaços de exposição e salas para funções de apoio. Estas são rodeadas por um átrio central e estão conectadas através de galerias, terraços e pontes. De forma análoga aos elementos que conformam os entornos urbanos (edifícios, blocos, ruas e praças) criam-se variados percursos circulares para os visitantes através de espaços fechados e abertos, com vistas e perspectivas mutantes.
Entretanto, aos visitantes lhes resulta fácil orientar-se no museu, que reproduz a estrutura organizada e direta da "cidade das praças" que é Mannheim. Ao mesmo tempo, cada situação, ao longo do percurso das exposições, oferece novas impressões. Como nas cidades, nenhum lugar é igual o outro devido a diversidade da arquitetura, as mudanças nas linhas do edifícios, praças e espaços abertos. Como já havia sido previsto, no momento da fundação da Kunsthalle há cem anos, é criada uma fachada de prestígio em direção ao parque em Friedrichsplatz. Desde ali, os vistantes acessam o átrio central através da nova entrada principal.
O átrio é o ponto de orientação e de partida dos percursos circulares pelas áreas de exposição em três níveis, dois dos quais estão conectados com o edifício Art Nouveau através da trama história de Atenea e desde ali com o jardim das esculturas ao ar livre. O conceito de exposição consiste em grandes espaços com coberturas leves que podem ser utilizados de diferentes maneiras, além de dois cubos com iluminação lateral. No terceiro pavimento, integrou-se um terraço ao percurso circular, desde onde os vistantes podem desfrutar da vista panorâmica de Friedrichsplatz com a distintiva torre de água. Esse conceito de espaço tem como resultado um entrelaçamento funcional e visual do museu em relação aos espaços da cidade, garantindo que a arte seja irradiada para a cidade através da arquitetura e também que a cidade flua virtualmente sem barreira para as habitações dos novos edifícios.
As fachadas estão cobertas com uma malha de metal transparente com um revestimento de cor bronze que define a forma externa do edifício, criando um diálogo respeitoso com a cor da pedra dos edifícios vizinhos. Criam-se diferentes graus de transparência com diferentes espessuras da malha. Portanto, a integridade da forma geral do edifício é conservada para que os volumes individuais possam ser vistos em seus diferentes graus, de perto ou de longe, de dia ou de noite. Assim como a estrutura urbana de uma cidade proporciona o contexto de organização que cada edifício individual expressa, o conceito de "cidade de arte" cria um marco arquitetônico que dá lugar a uma identidade e, ao mesmo tempo, proporciona a máxima flexibilidade para o curador.