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Arquitetos: Besonias Almeida Arquitectos
- Área: 264 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Federico Kulekdjian
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Fabricantes: Aluar, Awaduct, Cambre, Durlock, FV, JOHNSON, Masisa, Mi Pileta, Murvi, Rotoplas, Rowa, Sika, ferrum
O lugar
Um lote de esquina fundado em 1968 com um importante reflorestamento de início, ao qual as crianças agregaram um valor incalculável. Diferentes espécies de árvores e arbustos combinados outorgam valor paisagístico ao lugar durante todo o ano.
O terreno que receberá a intervenção apresenta-se cortado por uma fileira de carvalhos de grande porte e espécies variadas em uma das fachadas e nos lotes adjacentes.
O requerimento
Uma moradia de uso permanente com especial requerimento de que possibilitasse viver intensamente a relação entre os espaços interiores e exteriores tão apreciados pelos clientes. Outro pedido expressado foi que, apesar de estarem interessados em uma residência construída com concreto aparente, desejavam que a presença da madeira rompesse essa expressão monocromática.
Quanto as necessidades programáticas, a residência deveria contar com quatro dormitórios, um no térreo, com banheiro e closet integrado, um estar amplo com lareira e um espaço de intensa vida familiar que integrasse a sala de jantar, a cozinha e um estar íntimo. Deveria contar também com uma grande espaço coberto com churrasqueira, lugares para comer e estar ao ar livre, uma piscina e espaço para estacionar três automóveis.
A proposta
Interessados, como os clientes, pelo entorno paisagístico decidimos que o projeto não somente deveria preservar as árvores existentes no lote, mas também que seria essa vegetação o primeiro e fundamental marco de início do projeto.
Pensamos então que a residência deveria ser desenvolvida acomodando-se nos espaços livres deixados pelas árvores e envolvendo-os para fazê-los parte dos espaços propostos.
Para tanto, decidimos trabalhar com uma grelha espacial de 3,80 m de lateral, com dupla ou simples altura segundo o caso, que nos permitisse resolver os diferentes ambientes e também os vazios entre as árvores.
Em relação aos requerimentos de materialidade dos clientes, decidimos que o térreo da moradia e sua prolongação nos espaços semi-cobertos seriam resolvidos com divisórias de concreto aparente em direção ao espaço público. Eles formam uma base contínua que é perfurada de acordo com as necessidades dos ambientes que define e sobre a qual se apoia uma estrutura mais leve de perfis metálicos e de madeira. No interior envolvido pelos carvalhos, a residência é totalmente aberta, de modo que cada ambiente participe do espaço contínuo e da paisagem.